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Sistema financeiro

- Publicada em 08 de Outubro de 2019 às 03:00

Destituição de executiva deflagra crise no BNDES

Banco registra lucro de R$ 11,1 bilhões no primeiro trimestre de 2019

Banco registra lucro de R$ 11,1 bilhões no primeiro trimestre de 2019


/ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL/JC
A destituição de uma superintendente da área jurídica do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abriu uma crise entre a direção do banco e seus empregados. As divergências envolvem o modelo de venda de ações que estão hoje na carteira da instituição.
A destituição de uma superintendente da área jurídica do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abriu uma crise entre a direção do banco e seus empregados. As divergências envolvem o modelo de venda de ações que estão hoje na carteira da instituição.
Ontem, a Associação dos Funcionários do BNDES (AFBNDES) organizou assembleia para questionar a direção sobre o afastamento de Luciana Tito, funcionária de carreira que ocupava a superintendência da área Jurídica Operacional. "As circunstâncias do afastamento recente de uma das mais respeitadas advogadas do Banco da superintendência jurídica operacional confirmam que a governança do banco está sob sério risco e nos deixa seguros sobre a necessidade de demandar publicamente explicações", disse, em nota, a instituição.
Ela teria perdido o cargo por discordar da inclusão de ações da União hoje em mãos do BNDES em oferta pública que será realizada pela Caixa Econômica Federal para vender ações do Banco do Brasil, que hoje estão em fundos do FGTS e na tesouraria do próprio BB. A operação foi anunciada na semana passada e vai movimentar 132,5 milhões de ações do Banco do Brasil, em um valor estimado de R$ 5,75 bilhões. A superintendente do BNDES foi destituída no mesmo dia do anúncio da oferta. Segundo a AFBNDES, a superintendente foi destituída "por não se dobrar a pressões que comprometeriam a governança da instituição".
A União repassou os papéis do BB ao BNDES justamente para que fossem vendidos, mas os trâmites burocráticos não foram cumpridos a tempo de acompanhar a oferta da Caixa. A associação acusa a gestão atual de "violar o conhecimento técnico" ao optar por venda de ações em ofertas públicas mesmo em casos em que seria recomendável a venda em mesa de operações, isto é, em pequenas operações de acordo com o desempenho da bolsa. O modelo de oferta pública, diz e entidade, só seria recomendado em caso de grandes volumes de ações, que impossibilitassem a venda em mesa. Ao contrário, é prejudicial ao BNDES, por representar custos com comissões a bancos e gerar perda de valor das ações assim que a oferta é anunciada. Há no banco, porém, a preocupação com os efeitos de uma aceleração na velocidade de oferta de ações, um dos compromissos assumidos pelo presidente do BNDES, Gustavo Montezano, ao assumir o cargo, em julho.
Ele substituiu Joaquim Levy, primeiro presidente da instituição no governo Bolsonaro, demitido por insatisfação do governo com relação aos processos de venda de ações e abertura da "caixa-preta do BNDES". Ao fim de junho, a carteira do BNDESPar tinha R$ 107 bilhões em ações de empresas listadas em bolsa de valores. A maior parte está concentrada em Petrobras (R$ 51,6 bilhões). Vale (R$ 16,8 bilhões) e JBS (R$ 12,3 bilhões).
 
 

Sicoob Credicapital chega ao Rio Grande do Sul

A Cooperativa Credicapital, através de sua agência Sicoob, já está funcionando em Porto Alegre. Com a primeira agência inicia uma série de seis outros pontos de atendimento na capital gaúcha e se espalha através de mais 10 agências no Estado. Localizada no centro de negócios de Porto Alegre (avenida Carlos Gomes, 1657) a expansão, segue também o rumo de São Paulo, num segundo momento, informou o presidente do Conselho de Administração do Sicoob Credicapital, Guido Bresolin Junior.
Fundada em Cascavel, em 2001, a Sicoob Credicapital escolheu o Rio Grande do Sul para iniciar sua expansão motivada pelos laços afetivos de imigrantes gaúchos que criaram raízes no Paraná.
A nova unidade planeja sua consolidação no Estado em um ano. Para isto, a agência da avenida Carlos Gomes, dimensionada com uma arquitetura que abusa da leveza, através do uso de vidro na decoração, vai operar no sistema coworking, oferecendo aos seus associados espaço para desenvolverem seu trabalho utilizando toda a infraestrutura da agência.
Além dos laços afetivos de seus fundadores, a Credicapital é bastante conhecida pelos empresários gaúchos. "Acreditamos na ampliação pelo Rio Grande do Sul considerando a oportunidade de negócios que o Estado oferece", explica o presidente do Conselho de Administração do Sicoob Credicapital, Guido Bresolin Junior. À frente da Cooperativa desde 2005, Bresolin mantém a visão de aplicar os recursos localmente, oferecendo à comunidade melhorias que garantam novos empregos e desenvolvimento socioeconômico para a região.
A Cooperativa Credicapital, que foi constituída dentro da Associação Comercial de Cascavel, por um grupo de empresários do ramo de informática, conta com 286 colaboradores. Em 2018 registrou um marco histórico: ultrapassou os 30 mil cooperados.

Presidente da Caixa nega alterações no FGTS

Banco é único operador do fundo

Banco é único operador do fundo


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, negou que o governo estude uma alteração na gestão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). "A informação dada tanto quanto pelo presidente da República Jair Bolsonaro como pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, é que não. Isso não nasceu de lá. Pelo contrário, Guedes tem claramente a proposta de que a MP (sobre saques do FGTS) seja como foi", disse Guimarães, em passagem pela Câmara no período da manhã.
Segundo ele, se houver alguma mudança que trate desse assunto na medida provisória que liberou os saques do FGTS, será um "assunto para a Câmara". "Claramente, não foi uma ideia patrocinada pelo governo", disse. Ele nega que, se houver uma decisão como essa, a liquidez da Caixa será afetada. "O que tem impacto é para os brasileiros. Existem 711 municípios que só a Caixa está lá", disse. "Para o agente financeiro, para realizar o Minha Casa, Minha Vida não há monopólio", comentou. "O que acontece é que uma mudança como essa seria regressiva. Significa que provavelmente outros bancos teriam mais interesse de fazer o MCMV na região Sudeste e outras capitais", afirmou.