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Varejo

- Publicada em 06 de Outubro de 2019 às 21:39

Empresas começam a contratação de temporários

Klein iniciou a seleção para reforçar as equipes nas suas lojas

Klein iniciou a seleção para reforçar as equipes nas suas lojas


/MARIANA CARLESSO/JC
Momento decisivo para empresários alavancarem as vendas e fecharem o período com saldo positivo nos negócios, o último trimestre do ano se inicia com a estimativa de que 11 mil trabalhadores temporários sejam contratados no Estado, conforme estimativa da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem). Esse número representa um aumento de 14% frente a 2018, quando foram geradas 9.614 vagas entre os meses de outubro e dezembro. De olho em datas como Dia das Crianças, Black Friday/Week e Natal, muitas lojas iniciaram a seleção de vendedores, atendentes, caixas, estoquistas, fiscais de loja, promotores de vendas e repositores. "A ideia é aumentar as equipes de cada uma das nossas operações para garantir um atendimento adequado aos clientes", afirma o proprietário da Ishtar Alfaiataria Feminina, Carlos Klein.
Momento decisivo para empresários alavancarem as vendas e fecharem o período com saldo positivo nos negócios, o último trimestre do ano se inicia com a estimativa de que 11 mil trabalhadores temporários sejam contratados no Estado, conforme estimativa da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem). Esse número representa um aumento de 14% frente a 2018, quando foram geradas 9.614 vagas entre os meses de outubro e dezembro. De olho em datas como Dia das Crianças, Black Friday/Week e Natal, muitas lojas iniciaram a seleção de vendedores, atendentes, caixas, estoquistas, fiscais de loja, promotores de vendas e repositores. "A ideia é aumentar as equipes de cada uma das nossas operações para garantir um atendimento adequado aos clientes", afirma o proprietário da Ishtar Alfaiataria Feminina, Carlos Klein.
Com quatro lojas em Porto Alegre, a empresa tem mantido um número mínimo de funcionários desde 2017, comenta Klein. "Reduzimos a equipe em todas as unidades para ajustar os custos, porque as vendas dos últimos anos foram muito baixas", admite. O empresário informa que a Isthar está em fase de seleção para que os temporários iniciem o trabalho a partir da segunda quinzena de outubro. "Abrimos uma vaga para cada loja, mas a ideia é que, caso ocorra uma melhora nas vendas de final de ano, esses profissionais sejam efetivados", comenta. "Estamos nos preparando para um crescimento da economia, nada de espetacular, mas, considerando que o último trimestre teve um desempenho positivo, esperamos crescer 10% (real) frente ao último trimestre."
De acordo com a diretora regional da Asserttem, Graziele Pachla, a expectativa é de que sejam efetivados 30% dos trabalhadores que forem contratados para vagas temporárias entre setembro e dezembro de 2019, nos três setores da economia do Estado. No ano passado, esse índice foi de 15%. "Muitas empresas gaúchas estão trabalhando com quadros enxutos, e existe a perspectiva de que o desempenho dos negócios melhore neste período que se inicia", avalia a dirigente.
"Outro aspecto que interfere na efetivação de temporários é o turnover (rotatividade de funcionários)", observa o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse. "É comum pessoas pedirem desligamento para aproveitar o veraneio", comenta. O dirigente afirma que a estimativa para o comércio na Capital é de 1,2 mil vagas para temporários. Kruse explica que o número baixo se justifica porque somente 10% dos lojistas irão contratar trabalhadores para o período. "Tivemos um desempenho muito ruim neste ano de maneira geral", avalia. "Mas há expectativa de crescimento de 8% nas vendas do período, considerando a liberação do FGTS para contas ativas e inativas, juros baixos e maior facilidade de acesso ao crédito neste ano."
Graziele observa que a maioria das vagas previstas para trabalhadores temporários no Estado será aberta pelo comércio, seguido dos serviços. A média salarial desses postos de trabalho se mantém estável, girando em torno de R$ 1,3 mil. Os segmentos que mais devem contratar são o de vestuário, hipermercados, supermercados e perfumarias, seguidos dos segmentos de farmácias, perfumaria e cosméticos. De acordo com a estimativa da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) em todo o Estado, o setor supermercadista deve contratar 3,2 mil vagas para o Natal, o Ano-Novo e para os meses de veraneio, e a estimativa é de que 20% dos temporários sejam efetivados.

Cerca de 30% dos contratados no período devem ser efetivados

Pesquisa divulgada pela Fecomércio-RS aponta que as contratações devem aumentar em 33,1% a força de trabalho das empresas gaúchas. A entidade ouviu 384 estabelecimentos do varejo em Porto Alegre, Santa Maria, Caxias do Sul, Ijuí e Pelotas. De acordo com o levantamento, 87,8% das vagas são para as áreas de vendas e comercial. Em seguida vem a função de caixa e crediário (20,8%). Os proprietários de estabelecimentos consultados pela entidade acreditam que 29,4% dos trabalhadores contratados como temporários possuem chance de efetivação após o final de seu contrato.
Ainda de acordo com o levantamento da entidade, 44% dos recrutadores deram início ao processo de seleção no mês de setembro, e os demais 56% ainda se preparam para selecionar candidatos. A maior parte das vagas será preenchida até novembro, sendo que os contratos devem ser encerrados entre dezembro e fevereiro, mostra o levantamento. "Este é um período em que o consumidor está altamente disposto a consumir: motivado pelas festas de fim de ano e capitalizado pelo 13º salário", lembra o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, a indústria é o setor que menos contrata no final do ano. A sazonalidade contempla principalmente os trabalhadores dos setores de alimentação (fabricantes de conservas de frutas, frigoríficos e de sorvetes), cuja média de contratações de temporários (entre agosto e novembro) nos três últimos anos foi de 3,8 mil trabalhadores.

Número de vagas temporárias pode atingir 570 mil em todo o Brasil

Frank, da CDL-POA, avalia que o mercado está mais favorável

Frank, da CDL-POA, avalia que o mercado está mais favorável


/CLAITON DORNELLES/arquivo/JC
A geração de vagas formais através do trabalho temporário, no formato da Lei Federal nº 6.019/74, deve crescer 13,86% entre setembro e dezembro de 2019, em comparação ao mesmo período do ano passado. Com isso, poderão ser disponibilizadas mais de 570 mil vagas diante das 500 mil vagas de 2018. De acordo com levantamento da entidade, o mês de outubro deve registrar crescimento de 19,84%, e dezembro, um acréscimo de 21,82%.
Ainda de acordo com a entidade, entre os 10 estados brasileiros com maior participação na geração de vagas de trabalho temporário, neste ano, o Rio Grande do Sul ocupará a oitava colocação em contratação de temporários, ficando atrás de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Amazonas, Minas Gerais e Piauí.
O economista-chefe da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA), Oscar Frank, observa que - apesar da crise - na janela dos últimos 12 meses as contratações do varejo estão superando as demissões frente ao ano de 2018.