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Economia

- Publicada em 30 de Setembro de 2019 às 18:40

Ibovespa cai 0,32% no dia, mas encerra setembro com valorização de 3,57%

Desempenho em 2020 foi o maior já registrado no país desde 2016

Desempenho em 2020 foi o maior já registrado no país desde 2016


MARCELLO CASAL JR/ABR/JC
Agência Estado
Em um pregão morno e de liquidez reduzida, o Índice Bovespa se descolou do bom humor das bolsas em Nova Iorque nesta segunda-feira (30) e operou a maior parte do dia entre ligeira queda e estabilidade, abaixo da linha dos 105 mil pontos. Com uma realização de lucros no setor financeiro e as perdas das ações da Petrobras, o principal índice da B3 fechou em baixa de 0,32%, aos 104.745,32 mil pontos.
Em um pregão morno e de liquidez reduzida, o Índice Bovespa se descolou do bom humor das bolsas em Nova Iorque nesta segunda-feira (30) e operou a maior parte do dia entre ligeira queda e estabilidade, abaixo da linha dos 105 mil pontos. Com uma realização de lucros no setor financeiro e as perdas das ações da Petrobras, o principal índice da B3 fechou em baixa de 0,32%, aos 104.745,32 mil pontos.
A despeito do escorregão nesta segunda-feira, o Ibovespa se recuperou da perda de 0,67% em agosto fechou setembro com alta de 3,57%, pouco mais de mil pontos abaixo do recorde histórico de pontuação, de 105.817,06 pontos, em 10 de julho. Foi também a terceira maior valorização mensal do ano, abaixo apenas de janeiro (+10,82) e junho (+4,86%). Com isso, o índice encerrou o trimestre com ganhos de 3,74% e levou a alta acumulada em 2019 a 19,18%.
Segundo operadores, a recuperação do Ibovespa em setembro se deu fundamentalmente por fatores externos. Com os principais bancos centrais do mundo adotando medida de estímulos monetários e sinais de arrefecimento da guerra comercial sino-americana, diminuíram os temores de uma recessão global. Também ficou para trás em setembro o ápice do nervosismo com a crise argentina, em meio à perspectiva de vitória de um kirchnerista na corrida presidencial do país vizinho.
Por aqui, houve certa frustração com o adiamento da votação da reforma da Previdência no Senado e desalento com a recuperação lenta da atividade econômica. Do lado positivo, figurou a redução da Selic em 0,50 ponto porcentual, para 5,50%, e a sinalização do Banco Central de que os juros seguirão em trajetória cadente.
Para Pedro Galdi, analista de investimentos da Mirae Asset, esta e a próxima semana tendem a ser decisivas para que o Ibovespa tenha forças para galgar novos recordes ainda neste ano, superando os 110 mil pontos. "O Ibovespa precisa de novos gatilhos. Com a aprovação da Previdência no Senado, podemos ter uma melhora da confiança e alguma melhora da economia, que está muito fraca", afirma.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou nesta segunda que o relatório da reforma da Previdência será votado nesta terça-feira, 1º, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O plenário da Casa deve votar a proposta em primeiro turno ao longo da tarde. Ele voltou a reafirmar o compromisso de votar a matéria em segundo turno no Senado na primeira quinzena de outubro, talvez na terça-feira ou quarta da próxima semana.
No exterior, as atenções estarão voltadas ao encontro bilateral entre americanos e chineses, em Washington, no dia 10. Operadores lembram que as bolsas chinesas estarão fechadas por sete dias a partir desta terça, em razão do feriado de comemoração pelo 70º aniversário da Revolução Chinesa, o que deve restringir a liquidez nos mercados e reforçar entre os investidores o tom de compasso de espera pelo encontro bilateral no dia 10.
Sem ânimo para novos negócios, investidores optaram nesta segunda-feira por uma realização de lucros no setor financeiro, o que determinou o sinal negativo do Ibovespa. O papel PN do Itaú caiu 1,41%, e o ON do Bradesco, 1,68% - ambos figuraram entre as demais maiores queda dentro da carteira teórica do índice. Outro ponto negativo foram as perdas das ações da Petrobras - 0,40% (PN) e 0,89% (ON) -, na esteira da queda do petróleo. O volume negociado ficou em apenas R$ 12,351 bilhões.
Agência Estado
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