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Economia

- Publicada em 27 de Setembro de 2019 às 18:31

Dólar se descola do exterior e fecha em queda de 0,17% com ajustes técnicos

O clima piorou com a notícia de que americanos estariam cogitando impor limites comerciais à China

O clima piorou com a notícia de que americanos estariam cogitando impor limites comerciais à China


MARCELLO CASAL JR/ABR/JC
Agência Estado
Após uma manhã marcada por instabilidade, o dólar perdeu força ao longo da tarde desta sexta-feira (27) e se firmou em território negativo, na casa de R$ 4,15, em meio a ajustes técnicos típicos de fim de mês. No exterior, o dia foi de fortalecimento da moeda americana em relação à maioria das divisas emergentes e de países exportadores de commodities, na esteira da aversão ao risco provocada por temores de recrudescimento da guerra comercial entre China e Estados Unidos.
Após uma manhã marcada por instabilidade, o dólar perdeu força ao longo da tarde desta sexta-feira (27) e se firmou em território negativo, na casa de R$ 4,15, em meio a ajustes técnicos típicos de fim de mês. No exterior, o dia foi de fortalecimento da moeda americana em relação à maioria das divisas emergentes e de países exportadores de commodities, na esteira da aversão ao risco provocada por temores de recrudescimento da guerra comercial entre China e Estados Unidos.
Entre mínima de R$ 4,1458 e máxima de R$ 4,1675, a moeda americana encerrou o pregão em queda de 0,17%, a R$ 4,1552. Com as perdas, o dólar terminou a semana praticamente sem sair do lugar (+0,04%) e acumulou valorização de apenas 0,31% em setembro. Operadores notam que houve uma demanda mais forte de moeda à vista pela manhã, em virtude de remessas de lucros e pagamento de dívidas no exterior, o que pressionou a taxa do dólar casado. Com menos procura ao longo da tarde, o dólar à vista perdeu força e o dólar futuro para outubro passou a trabalhar ligeiramente acima da taxa spot.
Para o operador de câmbio Thiago Silêncio, da CM Capital Markets, o descolamento do real da maré negativa das divisas emergentes está "aparentemente" relacionado ao início da disputa pela formação da Ptax de setembro, que será definida na segunda-feira, 30. "Perto do que vemos lá fora, o dólar está bem comportado aqui. É natural que quando o dólar futuro tente buscar um nível próximo de R$ 4,20, parte dos players já entre vendendo para realizar lucro", afirma Silêncio
No exterior, o dólar chegou a perder força em relação a emergentes pela manhã, em meio à informação de que Estados Unidos e China agendaram encontro bilateral para 10 de outubro, em Washington. A notícia da reunião veio na esteira de sinais de trégua na guerra comercial, dados os relatos de venda de soja de produtos americanos ao país asiático nos últimos dias.
O clima azedou no início da tarde com a notícia de que autoridades americanas estariam cogitando impor limites a fluxo de investimentos para a China. Com o fortalecimento da moeda americana lá fora, o dólar chegou a ganhar força por aqui e esboçar uma leve alta, tocando na casa de R$ 4,16. Mas esse movimento rapidamente perdeu força e, após oscilar perto da estabilidade, a moeda americana se firmou em queda nas últimas horas do pregão.
Silêncio, da CM Capital, ressalta que a notícia sobre eventual restrição de investimentos na China aumenta a tensão política nos Estados Unidos, já elevada por conta do processo de impeachment do presidente Donald Trump. "A China já mostrou boa vontade com compra de produtos agrícolas americanos, o que deu um alento ao mercado. Essa possibilidade de limitar investimentos vem no momento em que o Trump está sob pressão e pode tomar decisões ainda mais erráticas e imprevisíveis", afirma.
Por aqui, o aumento da temperatura no mundo político - com o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a validade de condenações no âmbito da operação Lava Jato e a revelação do ex-procurador-geral Rodrigo Janot de que pretendia matar o ministro do STF Gilmar Mendes - provocou desconforto nos agentes, mas não chegou a ter peso na formação dos preços. As atenções se voltam à votação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e no plenário da Casa na semana que vem.
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