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Petróleo

- Publicada em 23 de Setembro de 2019 às 03:00

Crise na Arábia Saudita abre oportunidades ao País

No dia 14 de setembro, um drone bombardeou refinarias da Saudi Aramco em Abqaiq e em Khurais

No dia 14 de setembro, um drone bombardeou refinarias da Saudi Aramco em Abqaiq e em Khurais


AFP/JC
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o ataque terrorista contra instalações petrolíferas na Arábia Saudita pode resultar na atração de investimentos para o Brasil. Ele disse que, além de oportunidades em novos leilões de petróleo, o País oferece um ambiente mais seguro.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o ataque terrorista contra instalações petrolíferas na Arábia Saudita pode resultar na atração de investimentos para o Brasil. Ele disse que, além de oportunidades em novos leilões de petróleo, o País oferece um ambiente mais seguro.
"Dentro da crise internacional que estamos presenciando, do que aconteceu na Arábia Saudita, em um ataque terrorista, as condições para o investimento no Brasil se tornam muito mais favoráveis, não só em relação à produtividade dos nossos campos de petróleo, mas pela estabilidade que existe no País, além de um bom ambiente de negócios", afirmou.
No dia 14 de setembro, um drone bombardeou refinarias da Saudi Aramco em Abqaiq e em Khurais. A ação foi reivindicada pelos rebeldes Houthis, do Iêmen, que travam uma guerra civil no país desde 2014. Com os ataques, a Arábia Saudita, que é o maior produtor de petróleo do planeta, chegou a anunciar a suspensão de metade de sua produção diária. O efeito imediato desse ataque foi uma disparada no preço do barril de petróleo, que chegou a aumentar mais de 18%.
Firmado pela Petrobras e a União em 2010, o contrato de cessão onerosa garantia à estatal explorar 5 bilhões de barris de petróleo em áreas do pré-sal pelo prazo de 40 anos. Em troca, a empresa antecipou o pagamento de R$ 74,8 bilhões ao governo. Os excedentes são os volumes descobertos de petróleo, que ultrapassam os 5 bilhões de barris. Desde 2013, o governo vem negociando um aditivo do contrato, depois que a Petrobras pediu ajustes, devido à desvalorização do preço do barril de petróleo no mercado internacional.
Após acordo com a Petrobras, o governo estipulou em R$ 106,6 bilhões o valor a ser pago pelo bônus de assinatura do leilão do excedente da cessão onerosa, e em US$ 9,058 bilhões o valor a ser descontado para a Petrobras, a título de negociação do aditivo do contrato fechado com a União. Serão leiloadas as áreas de Atapu, Búzios, Itapu e Sépia, na Bacia de Santos, com área total de 1.385 quilômetros quadrados.

Aramco busca ajuda para agilizar reparos

A Saudi Arabian Oil Company (Saudi Aramco) está em negociações de emergência com fabricantes de equipamentos e provedores de serviços, oferecendo-se para pagar taxas premium por peças e operações de reparo, enquanto tenta uma rápida recuperação dos ataques com mísseis a suas maiores instalações de processamento de petróleo, disseram autoridades sauditas e empreiteiras. Mas pode demorar muitos meses para restaurar as operações até o pleno funcionamento, segundo as fontes, em vez do máximo de 10 semanas que os executivos da empresa prometeram.
Após um ataque à sua maior instalação de processamento de petróleo, a Aramco solicitou a empreiteiros que especifiquem o preço de remendos e restaurações. Nos últimos dias, os executivos da empresa bombardearam empreiteiras, incluindo a General Electric, buscando assistência de emergência, segundo autoridades sauditas e fornecedores de serviços de petróleo no reino. Uma autoridade saudita disse que os custos podem chegar a centenas de milhões de dólares.
A Aramco já começou o embarque de equipamentos dos EUA e da Europa para reconstruir instalações danificadas, disse Fahad al-Abdulkareem, gerente geral de operações do sul da Aramco. H há pouca sensação de calma nos níveis mais altos da empresa e do governo saudita. Empreiteiros podem levar até um ano para fabricar, entregar e instalar peças e equipamentos sob medida.