A desaceleração do crescimento do comércio mundial e o baixo nível de atividade da economia brasileira contribuíram para uma queda em 15% na corrente de comércio - exportações mais importações - em agosto de 2019 ante agosto de 2018. Os dados são do Indicador do Comércio Exterior (Icomex), divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Houve queda no valor exportado (13%) e no importado (17%). Como as importações recuaram mais, a balança comercial registrou superávit de US$ 3,2 bilhões em agosto. Em termos de volume, as exportações e as importações recuaram na mesma magnitude sobre agosto de 2018: -13%.
Todos os setores contribuíram para a queda no volume exportado no mês passado, com destaque para a retração de 10,8% da indústria de transformação, puxada pelo recuo no volume das exportações de bens de capital (-58,1%, com influência das plataformas de petróleo) e bens duráveis (-30,2%).
Se as plataformas de petróleo fossem excluídas da comparação, o recuo das exportações de bens de capital teria sido de 20,1%. As plataformas também influenciaram as importações de bens de capital: o volume importado caiu 43% em agosto ante agosto do ano passado, mas teria crescido 16,3% se excluídas as plataformas.
As exportações brasileiras para os Estados Unidos cresceram 9,5% em agosto, na comparação com o mesmo período de 2018. Já as importações de produtos daquele país aumentaram 27,9%
As exportações para a Argentina recuaram 38,9% no mês. As vendas para a China caíram 17,1%, enquanto o volume exportado para a União Europeia recuou 7%.