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Economia

- Publicada em 13 de Setembro de 2019 às 03:00

Indicado de Bolsonaro para ONU diz que crítica a queimadas tem viés econômico

Ronaldo Costa Filho foi aprovado por integrantes da CRE do Senado

Ronaldo Costa Filho foi aprovado por integrantes da CRE do Senado


/JANE DE ARAÚJO/AGÊNCIA SENADO/JC
O diplomata Ronaldo Costa Filho, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) para comandar a missão do Brasil na ONU, disse nesta quinta-feira (12) que as críticas de países europeus às queimadas na Amazônia foram motivadas por interesses econômicos.
O diplomata Ronaldo Costa Filho, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) para comandar a missão do Brasil na ONU, disse nesta quinta-feira (12) que as críticas de países europeus às queimadas na Amazônia foram motivadas por interesses econômicos.
Em sabatina na CRE (Comissão de Relações Exteriores) do Senado, Costa Filho afirmou que as queimadas não estão fora do padrão, acontecem também na África e na Sibéria, e que, por sua experiência como negociador-chefe do acordo entre Mercosul e União Europeia, as manifestações de países como a França são por causa da concorrência econômica com o Brasil.
"Ao longo desses anos todos, não foi uma vez, não foram duas, foram inúmeras vezes que, em qualquer sinal de progresso da negociação, de que a coisa parecia que ia avançar, surgia uma crise ou uma denúncia de desmatamento da Amazônia, de que a soja, de que o gado, está derrubando a floresta amazônica por agricultores inescrupulosos no Brasil", afirmou o diplomata.
"Isso é uma reação natural, ninguém gosta de concorrência. A agricultura europeia teme com grande vigor o potencial da agricultura brasileira. Este é um dado. O temor é grande", insistiu Costa Filho.
O diplomata disse que as denúncias na área ambiental por parte dos europeus sempre existiram, mas que agora, por ter se transformado numa discussão entre dos presidentes -o do Brasil, Jair Bolsonaro, e o da França, Emmanuel Macron- , o debate tomou outra proporção.
"A qualquer momento, esta denúncia ia surgir. Foram N vezes. Nós sempre reagimos ignorando. Desta vez, a coisa foi um pouco mais intensa porque surgiu em nível de chefe de Estado, e aí não é algo que se possa varrer para debaixo do tapete", afirmou. Costa Filho disse que o papel da diplomacia agora é contribuir para serenar os ânimos.
Sobre a oferta de ajuda financeira internacional para coibir as queimadas, o diplomata afirmou que já existem fundos nas Nações Unidas para este fim e que "não há necessidade de grandes novidades".
Costa Filho foi aprovado em votação secreta pelos integrantes da CRE, mas seu nome ainda precisa passar pelo plenário do Senado. Ele não é considerado claramente vinculado a Bolsonaro, e sua chegada não deve causar mal-estar entre diplomatas que representam o Brasil na ONU.
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