Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 05 de Setembro de 2019 às 15:37

Poupança tem captação líquida de R$ 1,316 bi em agosto

Predominância dos saques em relação aos depósitos ocorre em um ambiente de fraqueza da economia

Predominância dos saques em relação aos depósitos ocorre em um ambiente de fraqueza da economia


AWESOMECONTENT/FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
Agência Estado
As famílias brasileiras voltaram a aplicar recursos na caderneta de poupança em agosto. Dados do Banco Central mostram que, no mês passado, os depósitos líquidos somaram R$ 1,316 bilhão. Em julho, haviam sido registrados saques líquidos de R$ 1,605 bilhão.
As famílias brasileiras voltaram a aplicar recursos na caderneta de poupança em agosto. Dados do Banco Central mostram que, no mês passado, os depósitos líquidos somaram R$ 1,316 bilhão. Em julho, haviam sido registrados saques líquidos de R$ 1,605 bilhão.
A saída líquida de recursos da poupança foi verificada em cinco dos oito primeiros meses de 2019: janeiro (R$ 11,232 bilhões), fevereiro (R$ 4,020 bilhões), abril (R$ 2,878 bilhões), maio (R$ 718,7 milhões) e julho (R$ 1,605 bilhão). Por outro lado, houve depósitos líquidos nos meses de março (R$ 1,853 bilhão), junho (R$ 2,498 bilhões) e, agora, agosto (R$ 1,316 bilhão). Neste cenário, a retirada líquida de recursos em 2019 até agosto soma R$ 14,789 bilhões.
Esta predominância dos saques em relação aos depósitos ocorre em um ambiente de fraqueza da economia e alto desemprego. Com menos dinheiro para fechar as contas, muitas famílias voltaram a recorrer este ano aos recursos depositados na caderneta para fazer frente às despesas mensais. A situação tem semelhanças com o que ocorreu nos anos de 2015 e 2016, quando a recessão econômica provocou a saída líquida de cerca de R$ 95 bilhões da poupança. Em 2017 e 2018, houve certa reação, com a poupança recebendo depósitos líquidos de R$ 55 bilhões. Em 2019, os saques voltaram a se intensificar em alguns meses.
Em agosto, porém, os saques brutos somaram R$ 202,502 bilhões, sendo superados pelos depósitos brutos de R$ 203,818 bilhões. Considerando a entrada líquida de R$ 1,316 bilhão e o rendimento de R$ 3,008 bilhões visto no mês, o estoque total na caderneta de poupança passou a R$ 806,387 bilhões no fim de agosto.
Além da necessidade das famílias, a caderneta tem sido impactada pela baixa rentabilidade da aplicação em relação a outras disponíveis no mercado. Na prática, muitos investidores têm preferido alternativas mais rentáveis para aplicar.
Atualmente, a poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), que está em zero, mais 70% da Selic (a taxa básica de juros da economia). A Selic, por sua vez, está em 6,00% ao ano, no menor patamar da história.
Esta regra de remuneração vale sempre que a Selic estiver abaixo dos 8,50% ao ano. Quando estiver acima disso, a poupança é atualizada pela TR mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano). Esta remuneração, mais elevada, deixou de valer em setembro de 2017, quando a Selic passou para abaixo do nível de 8,50%.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO