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Consumo

- Publicada em 04 de Setembro de 2019 às 03:00

Semana do Brasil pretende estimular vendas do varejo

Campanha terá adesão de mais de 4 mil empresas e quer aquecer comércio em um mês sem datas promocionais

Campanha terá adesão de mais de 4 mil empresas e quer aquecer comércio em um mês sem datas promocionais


OLI SCARFF/AFP/JC
O governo federal lançou, nesta terça-feira, a Semana do Brasil, campanha que busca incentivar o comércio e enaltecer o Dia da Independência, celebrado em 7 de setembro. O presidente Jair Bolsonaro participou do lançamento da campanha, que tem como mote "Vamos valorizar o que é nosso".
O governo federal lançou, nesta terça-feira, a Semana do Brasil, campanha que busca incentivar o comércio e enaltecer o Dia da Independência, celebrado em 7 de setembro. O presidente Jair Bolsonaro participou do lançamento da campanha, que tem como mote "Vamos valorizar o que é nosso".
Segundo o governo, 4.680 empresas vão participar da iniciativa, oferecendo descontos, promoções e benefícios aos consumidores. As ações acontecem entre os dias 6 e 15 deste mês.
"Os empresários abraçaram, demonstrando confiança, os meios de comunicação, dando prova inequívoca de que, por mais que tentem lançar dúvidas sobre o sucesso do governo Bolsonaro, ele é uma realidade. O Brasil está avançando", disse o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, durante a solenidade de lançamento da ação.
A identidade visual da ação Semana do Brasil trabalha as cores verde, amarela e azul, que compõem a bandeira brasileira. Segundo o ministro, foi pensada para valorizar o "sentimento de patriotismo".
O secretário especial de Comunicação Social do Planalto, Fabio Wajngarten, disse que o lançamento da Semana do Brasil está ligado à defesa da soberania do País.
Wajngarten disse que esse foi um dos "propósitos fundamentais" para o lançamento da campanha. "Vivemos tempos difíceis de ataque à soberania", afirmou.
A declaração do secretário ocorre após embate do governo de Jair Bolsonaro com países europeus, em especial, com o presidente da França, Emmanuel Macron, por causa da crise ambiental que se instalou na Amazônia Legal.
De acordo com o secretário especial de Comunicação Social do Planalto, o segundo "propósito fundamental" para lançar a campanha é "aquecer a economia do País". Ele destacou que há um vazio de datas proporcionais em setembro, apesar do feriado no dia 7 de setembro - Dia da Independência.
Além de empresários varejistas, também participarão das ações veículos de comunicação. O governo brasileiro teve como inspiração as ações feitas no dia 4 de julho nos Estados Unidos, como parte das comemorações da independência norte-americana.
 

Iniciativa trará oportunidades reais de bons negócios, avalia a CDL Porto Alegre

O lançamento da Semana do Brasil pelo governo federal, que ocorre de 6 a 15 de setembro com desconto e promoções no varejo, recebeu o apoio de entidades do setor. A CDL Porto Alegre está incentivando os lojistas a participarem desta primeira edição, que já se inicia na sexta-feira. Para o presidente da entidade, Alcides Debus, a Semana do Brasil vem para aquecer o varejo no mês de setembro - período que historicamente registra menor índice de consumo em vários segmentos. "Em um mês que tradicionalmente apresenta baixo desempenho em função dos feriados, esse é mais um estímulo ao movimento no comércio, com oportunidades reais de bons negócios", explica o dirigente.
O conselheiro do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Marcos Gouvêa, vê como positiva a criação de uma nova data comercial no calendário brasileiro. "Entre 2004 e 2014, tivemos um período áureo no varejo. Depois, andamos para trás e, agora, estamos andando de lado. O Brasil só vai para frente à medida que o setor privado conseguir se articular e fazer as coisas acontecerem", disse Gouvêa. O desejo é que o consumidor tenha um benefício real, na forma de descontos e gratuidades.
Mais de 40 associações já demonstraram apoio à Semana do Brasil, e está prevista a participação de entidades de comércio, atacado, bancos, agências de viagem, entre outras. "Vamos transformar isso num marco nesse processo de retomada da economia", afirmou Gouvêa.
A projeção dos varejistas é que a data funcione como estímulo incremental de vendas e não concorra com outras iniciativas do tipo, como a Black Friday, que acontece em novembro. "Na dinâmica do varejo, dois meses é uma eternidade", afirmou o conselheiro do IDV.