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Mercado Externo

- Publicada em 29 de Agosto de 2019 às 03:00

CICB nega suspensão de compras de couro do País

Comunicado chegou a ser enviado ao ministro do Meio Ambiente

Comunicado chegou a ser enviado ao ministro do Meio Ambiente


/CICB/DIVULGAÇÃO/JC
O presidente executivo do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), José Fernando Bello, negou que importadores de couro brasileiro estariam suspendendo compras do produto, diferentemente de carta assinada pelo próprio dirigente que circulou na manhã desta quarta-feira. A suspensão teria sido motivada pela repercussão internacional das queimadas na Amazônia e da possível associação dos incêndios com a atividade pecuária na região.
O presidente executivo do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), José Fernando Bello, negou que importadores de couro brasileiro estariam suspendendo compras do produto, diferentemente de carta assinada pelo próprio dirigente que circulou na manhã desta quarta-feira. A suspensão teria sido motivada pela repercussão internacional das queimadas na Amazônia e da possível associação dos incêndios com a atividade pecuária na região.
Na carta direcionada ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, na noite da terça-feira, o CICB menciona "suspensão de compras de couros a partir do Brasil de alguns dos principais importadores mundiais". Bello, contudo, corrigiu depois dizendo que se tratava de um "erro de pré-avaliação" da entidade.
"A carta foi divulgada (pelo próprio CICB) antes da checagem com a empresa importadora", disse Bello. "Esse importador estaria supostamente suspendendo as compras. Foi um equívoco nosso. Vamos corrigir a informação junto ao governo federal", disse Bello.
O presidente do CICB afirmou também que não há intenção de os importadores boicotarem ou restringirem compras do produto brasileiro. Segundo ele, em contato com o CICB, o importador explicou que vai continuar com os pedidos em andamento, mas que gostaria de "esclarecimento adicionais" sobre a origem e rastreabilidade do produto.
"Recebemos este relato de uma indústria brasileira e, quando esclarecemos o fato com o cliente internacional, obtivemos a informação de que não haverá cancelamentos", acrescentou o presidente do CICB. Segundo Bello, todo o couro originado no Brasil passa por processo de rastreabilidade e controle, auditado por órgão internacional. "Diante desses questionamentos, concedemos ainda garantias adicionais aos compradores quanto ao controle e rastreabilidade do couro brasileiro", relatou.

Acordo com Efta beneficia produtores do Mercosul

O recém firmado acordo entre o Mercosul e o Efta (Associação Europeia de Livre Comércio) trará condições mais favoráveis para os produtores e exportadores dos países do bloco americano formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Alguns dos produtos que serão beneficiados com melhores condições de acesso ao mercado europeu são carne bovina, carne de ave, vinhos, milho, mel, frutas e óleos vegetais.
Como resultado deste acordo, a Efta, bloco formado por Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça, eliminará as tarifas para quase a totalidade dos produtos manufaturados do Mercosul, como couro e lã, melhorando notavelmente a inserção deles no mercado europeu. Além disso, vários produtos agrícolas serão beneficiados com isenção de impostos, como as frutas cítricas, maçãs, pêssegos, nectarinas, mirtilos, ameixas, legumes, leguminosas, trigo, malte, arroz, soja, nozes, carne enlatada, preparações cítricas como compotas, geleias e purês, sucos de fruta, alimentos para animais e produtos da pesca.
Os países da Efta representam uma zona de livre comércio que compreende 14 milhões de habitantes, com um Produto Interno Bruto (PIB) de mais de US$ 1,1 trilhão. Juntos, se posicionam em quinto lugar no ranking mundial de comércio de serviços e em nono lugar no comércio de bens. Suíça, Noruega e Islândia estão entre os cinco países com maior poder aquisitivo do mundo.
Em relação à carne bovina, por exemplo, a Suíça concederá ao Mercosul uma cota de 3 mil toneladas do produto isentas de impostos. Em relação ao azeite, essa cota será de mil toneladas do produto com isenção.
Segundo estimativas do Ministério da Economia, o acordo representará um incremento do PIB brasileiro de US$ 5,2 bilhões em 15 anos. "Estima-se um aumento de US$ 5,9 bilhões e de US$ 6,7 bilhões nas exportações e nas importações totais brasileiras, respectivamente, totalizando um aumento de US$ 12,6 bilhões na corrente comercial brasileira. Espera-se um incremento substancial de investimentos no Brasil, da ordem de US$ 5,2 bilhões, no mesmo período", avaliou a pasta.
Ainda segundo o Ministério da Economia do Brasil, o acordo garantirá acesso mútuo em setores de serviços, como comunicação, construção, turismo, transportes e serviços financeiros. "Contará com obrigações de transparência em compras públicas e fomentará a concorrência nas compras do Estado, resultando na otimização da relação custo-benefício das licitações e na economia de recursos públicos. Os compromissos acordados garantirão às empresas brasileiras acesso ao mercado de compras públicas da Efta, avaliado em cerca de US$ 85 bilhões".