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Economia

- Publicada em 27 de Agosto de 2019 às 03:00

Déficit do setor externo foi acima do previsto

Entrada de investimentos diretos no País somou US$ 7,658 bilhões

Entrada de investimentos diretos no País somou US$ 7,658 bilhões


/MARCELLO CASAL JR/ABR/JC
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, informou ontem que o déficit US$ 9,035 bilhões em transações correntes em julho ficou acima do esperado, US$ 5,3 bilhões, devido ao menor superávit comercial no mês passado. "Houve um aumento dos desembarques de mercadorias na última semana de julho, e também ocorreram remessas de lucros e dividendos acima do que do Banco Central estimava", admitiu.
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, informou ontem que o déficit US$ 9,035 bilhões em transações correntes em julho ficou acima do esperado, US$ 5,3 bilhões, devido ao menor superávit comercial no mês passado. "Houve um aumento dos desembarques de mercadorias na última semana de julho, e também ocorreram remessas de lucros e dividendos acima do que do Banco Central estimava", admitiu.
Rocha salientou ainda a continua trajetória de déficits baixos, mas com crescimento do saldo negativo em 12 meses. "Essa trajetória deve continuar em agosto. Estimamos um déficit de US$ 4,8 bilhões nas transações correntes em agosto. Se isso se confirmar, continuará havendo um ligeiro crescimento do déficit em 12 meses", acrescentou.
O economista destacou a entrada e US$ 7,658 bilhões em Investimentos Diretos no País (IDP) em julho, também acima do estimado anteriormente pelo BC. Em agosto, até o dia 22, há entrada de US$ 4,749 bilhões em investimentos externos diretos. "A projeção do BC para agosto é de entrada de US$ 5,5 bilhões nessa rubrica. Se esse resultado se confirmar, será inferior ao resultado de agosto do ano passado, que foi fora da curva (US$ 11 bilhões). Então deve haver uma redução no saldo em 12 meses", completou.
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central comentou que o déficit de US$ 21,683 bilhões nas transações correntes de janeiro a julho deste ano se deve à redução do superávit comercial em 2019 e ao aumento das despesas de renda primária, como juros e remessas de lucros e dividendos. No mesmo período do ano passado, o rombo nas contas externas foi de US$ 12,261 bilhões.
"Houve redução das exportações em 4,7% no ano, enquanto as importações aumentaram 0,4% neste ano", afirmou Rocha. "Já no caso da renda primária, houve fundamentalmente um aumento das remessas de lucros, enquanto a conta de juros ficou estável", acrescentou.
Ele comentou que as despesas com juros externos somam US$ 920 milhões em agosto, até o dia 22. No caso das remessas de lucros e dividendos, a parcial é de envios de US$ 2,345 bilhões até o dia 22 deste mês. A remessa de lucros e dividendos de companhias instaladas no Brasil para suas matrizes foi de US$ 3,132 bilhões em julho. A saída líquida representa um volume superior aos US$ 1,036 bilhão que foram enviados em igual mês do ano passado, já descontados os ingressos. No acumulado do ano até julho, a saída líquida de recursos via remessa de lucros e dividendos alcançou US$ 14,533 bilhões. A expectativa do BC é de que a remessa de lucros e dividendos de 2019 some US$ 17,5 bilhões.
O BC informou também que as despesas com juros externos somaram US$ 4,812 bilhões em julho, ante US$ 4,111 bilhões em igual mês do ano passado. No acumulado do ano até julho, essas despesas alcançaram US$ 14,446 bilhões.
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central afirmou ainda que houve aumento nos gastos de turistas brasileiros no exterior em julho, devido à apreciação do câmbio em 2% no mês passado, passando de R$ 3,86 para R$ 3,78 na média. "As despesas de brasileiros no exterior em julho foram as maiores para o mês de 2014", acrescentou. No mês passado, a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil foi de um saldo negativo de US$ 1,300 bilhão.
 
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