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Economia

- Publicada em 27 de Agosto de 2019 às 03:00

Conteúdo local em petróleo deve focar competição, dizem executivos

Operadoras defenderam que o debate envolvendo o conteúdo local na exploração de petróleo deve fomentar a competição do setor, não apenas se firmar como uma reserva de mercado. Durante evento promovido pelo Instituto de Engenharia, representantes de diversas empresas se posicionaram favoráveis ao modelo, que é adotado em diversos países referência em petróleo no mundo.
Operadoras defenderam que o debate envolvendo o conteúdo local na exploração de petróleo deve fomentar a competição do setor, não apenas se firmar como uma reserva de mercado. Durante evento promovido pelo Instituto de Engenharia, representantes de diversas empresas se posicionaram favoráveis ao modelo, que é adotado em diversos países referência em petróleo no mundo.
"O conteúdo local é fundamental. Todos os grandes países têm regras de conteúdo local, de forma mais ou menos restritivas", disse o vice-presidente global de Contratos e Suprimentos da Equinor, Mauro Andrade, durante o evento, em São Paulo, nesta segunda-feira.
O foco, segundo Andrade, deve ser na busca por competitividade. Na avaliação do executivo, o Brasil tem diversos exemplos de áreas em que a produção local se mostra viável economicamente, como em equipamentos para a construção e a perfuração de poços, além do segmento de equipamentos submarinos. "Inclusive, algumas empresas brasileiras exportam equipamentos para a Equinor na Noruega", disse.
Já o diretor de relações institucionais da Shell Brasil, Flavio Rodrigues, disse que as companhias não são contrárias ao conteúdo local. "Se tem espaço para comprar aqui, por que não fazer isso?", disse. Ele destacou, entretanto, que ficou claro para o setor que a política anterior não trouxe sequelas positivas. "Alguns fornecedores morreram. O conteúdo local é importante, mas não dá para se fazer tudo no Brasil. A gente tem de escolher no que a gente é bom. E eu acho que São Paulo pode se inserir nesse contexto", defendeu, durante painel.
De acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Patricia Ellen da Silva, o governo tem discutido com outros entes federativos o tema. Ela destacou, entretanto, que é preciso pensar em um modelo de transição para que o País não saia de um extremo para o outro. "Temos de abrir o mercado, mas garantir que esse investimento fique aqui. Caso contrário, vamos ser meros importadores de conteúdo internacional, o que não é o objetivo", afirmou Patricia.
O conteúdo local há tempos é apontado como um entrave para o desenvolvimento do setor petroleiro no País ao fixar exigências consideradas rígidas pelo setor em meio a um mercado que ainda não teria capacidade de abastecer toda a cadeia. A reestruturação do modelo é tema de um projeto de lei na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei nº 7.401/2017, que tramita nas Comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), de Finanças e Tributação (CFT) e de Minas e Energia (CME).
 
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