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Conjuntura Internacional

- Publicada em 26 de Agosto de 2019 às 03:00

Arrependimento sobre a China é não ter aumentado mais as tarifas, diz Trump

Presidente dos Estados Unidos criticou as práticas comerciais de Pequim

Presidente dos Estados Unidos criticou as práticas comerciais de Pequim


MANDEL NGAN/AFP/JC
Ao ser questionado por jornalistas se havia algum arrependimento de sua parte sobre o aumento das tarifas sobre produtos chineses que escalou as tensões na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, o presidente americano, Donald Trump, respondeu neste domingo (25) que "sim, claro, por que não? Tenho dúvidas sobre tudo".
Ao ser questionado por jornalistas se havia algum arrependimento de sua parte sobre o aumento das tarifas sobre produtos chineses que escalou as tensões na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, o presidente americano, Donald Trump, respondeu neste domingo (25) que "sim, claro, por que não? Tenho dúvidas sobre tudo".
Pouco tempo depois, a secretária de imprensa da Casa Branca, Stephanie Grisham, afirmou que a resposta de presidente foi "muito mal interpretada". Em um comunicado, ela disse que o presidente respondeu afirmativamente "porque lamenta não ter elevado ainda mais as tarifas".
A decisão de abraçar ainda mais a guerra comercial ocorre quando outros líderes que participam do G-7 pediram o fim do conflito, dizendo que ele está prejudicando a economia global e enfraquecendo alianças. Trump também entrou em confronto com outros líderes mundiais sobre o Irã, a Coreia do Norte e a Rússia.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, falando na cúpula no sábado (24), disse que acabar com as guerras comerciais é "urgente e essencial". "As guerras comerciais levarão à recessão, enquanto os acordos comerciais impulsionarão a economia, sem mencionar o fato de que as guerras comerciais entre os membros do G-7 levarão a minar a já enfraquecida confiança entre nós", disse ele.
Trump, ao deixar Washington para a França na sexta-feira (23), ameaçou taxar o vinho francês se o presidente Emmanuel Macron avançasse com um imposto sobre as empresas de tecnologia norte-americanas. No passado, ele repetidamente ameaçou colocar tarifas em carros europeus.
No domingo, Trump criticou novamente as práticas comerciais de Pequim como "ultrajantes" e afirmou seu direito de declarar uma emergência nacional sobre o assunto, o que a Casa Branca acredita que daria ao presidente autoridade para orientar as empresas a não fazerem negócios com a China. Na sexta-feira, em uma série de tuítes, Trump disse que estava pedindo a empresas que fazem negócios com a China para explorar a realocação - uma diretiva que ele atualmente não tem autoridade para dar.
Perguntado no domingo se ele planejava declarar uma emergência nacional na China, Trump disse aos repórteres que "tem o direito de", mas não disse se ele iria seguir esse curso de ação. "Quando eles roubam e tomam nossa propriedade intelectual ... de muitas maneiras, é uma emergência", disse ele, acrescentando que "não tem planos agora". Trump disse que os EUA estão "se dando muito bem com a China".
O presidente americano também sugeriu que as tensões com a China estavam ajudando os EUA a chegar a um acordo comercial com o Japão, cujo anúncio ele disse ser iminente. Mais cedo, ele perguntou ao representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, se ele queria comentar sobre a possibilidade de um acordo com o Japão. "Presumivelmente, algo será anunciado depois que você se encontrar com o primeiro-ministro", respondeu Lighthizer. Em seu encontro com o japonês Shinzo Abe, Trump disse apenas que "estamos discutindo o comércio".
A decisão do presidente de elevar as tarifas sobre a China na semana passada fez com que ações e títulos do governo caíssem em meio a novas preocupações sobre o crescimento global e o potencial para uma recessão. Trump, perguntado se estava preocupado com o mercado no domingo, disse: "O mercado está indo muito bem. Nosso país está indo muito bem".
Trump negou que outros membros do G-7, que incluem a França, a Alemanha, o Reino Unido, o Japão, a Itália e o Canadá, estavam pressionando-o para acabar com a guerra comercial. "Acho que eles respeitam a nossa guerra comercial", disse, na manhã seguinte ao encontro com o restante dos líderes do G-7 em um jantar de abertura. "Ninguém me disse isso e ninguém me diria isso", reforçou.

Aliança comercial com EUA 'não será fácil', afirma primeiro ministro do Reino Unido

Johnson citou carnes bovina e de cordeiro, travesseiros e fitas métricas como alguns dos produtos

Johnson citou carnes bovina e de cordeiro, travesseiros e fitas métricas como alguns dos produtos


Daniel LEAL-OLIVAS / AFP
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, alerta que fazer um acordo comercial com o Estado Unidos não será "fácil", por causa das barreiras aos produtos britânicos nos mercados americanos.
Johnson citou carnes bovina e de cordeiro, travesseiros e fitas métricas como alguns dos produtos britânicos que têm entrada dificultada nos mercados dos Estados Unidos por razões burocráticas.
O primeiro-ministro britânico disse que as tortas de porco, por exemplo, "atualmente não conseguem entrar no mercado dos EUA por causa de algum tipo de restrição da Food and Drug Administration (FDA, órgão regulador de alimentos e medicamentos nos EUA)".
O líder britânico disse que levantou a questão com o presidente dos EUA, Donald Trump, durante um telefonema na sexta-feira. Johnson e Trump se encontraram no domingo durante a Cúpula do G-7, que ocorre na França.
Johnson diz que alguns setores da economia do Reino Unido, como o Serviço Nacional de Saúde, permaneceriam completamente fora das conversas a respeito de qualquer acordo comercial com os Estados Unidos.