Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Mercado de Capitais

- Publicada em 20 de Agosto de 2019 às 03:00

Dólar à vista sobe a R$ 4,06

Moeda norte-americana registra valorização de 6,45% neste mês

Moeda norte-americana registra valorização de 6,45% neste mês


/MARCELLO CASAL JR/ABR/JC
O real foi a moeda emergente que mais perdeu valor nesta segunda-feira (19) ante o dólar. A moeda norte-americana voltou a ganhar força internacional com o temor de uma nova recessão econômica. No Brasil, o dólar à vista fechou em alta de 1,58%, a R$ 4,0662, o maior valor desde 20 de maio, quando bateu em R$ 4,10. No mês, a valorização do dólar já soma 6,45%.
O real foi a moeda emergente que mais perdeu valor nesta segunda-feira (19) ante o dólar. A moeda norte-americana voltou a ganhar força internacional com o temor de uma nova recessão econômica. No Brasil, o dólar à vista fechou em alta de 1,58%, a R$ 4,0662, o maior valor desde 20 de maio, quando bateu em R$ 4,10. No mês, a valorização do dólar já soma 6,45%.
A divisa norte-americana se fortaleceu de forma generalizada na economia mundial, com o presidente Donald Trump e membros de seu governo indo a público no final de semana minimizar os riscos de recessão na maior economia do mundo e ressaltando que as negociações comerciais com os chineses prosseguem. A Argentina também pressionou os mercados, em meio à queda do ministro da Economia e à sinalização de reestruturação de dívida.
Também contribuiu para o fortalecimento do dólar declarações do presidente da regional de Boston do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Eric Rosengren, membro votante das reuniões de política monetária este ano. Ele minimizou o risco de piora da atividade econômica americana, afirmando que o "quadro é positivo" e que não vê motivo para mais corte de juros neste momento.
A inversão da curva de juros de longo e de curto prazo nos Estados Unidos, indício de recessão econômica, e desaceleração da economia global levam investidores a migrarem de ativos de risco, como emergentes, para produtos mais seguros, como títulos do governo americano, ouro e dólar. Neste ano, até o dia 9 de agosto, a saída de recursos do Brasil supera a entrada em US$ 2 bilhões. No mesmo período de 2018, o saldo era positivo em US$ 29 bilhões.
Segundo o Banco Central, o movimento de empresas sediadas no Brasil de buscar dólares para quitar dívidas em moeda estrangeira está entre os fatores que contribuíram para a alta recente da moeda norte americana. Para conter o movimento, o BC irá vender dólar, das reservas internacionais, à vista a partir desta quarta (21) por uma semana.
No exterior, o índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante divisas fortes, como o euro e a libra, atingiu um dos maiores níveis de agosto, a 98,390 pontos. Um dos termômetros do enfraquecimento das moedas dos emergentes é o fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) WisdomTree Emerging Currency Fund, negociado em Nova Iorque. A carteira teve queda de 0,71% nesta segunda-feira, recuando para os menores níveis desde maio.
 

Bolsa brasileira sofre queda de 0,34%


/
Com sinais de migração de recursos para ativos mais conservadores, o Índice Bovespa não conseguiu acompanhar o bom desempenho das bolsas de Nova Iorque e fechou em baixa de 0,34% nesta segunda-feira (19), aos 99.468 pontos. Pela manhã, o índice havia chegado a subir 1,14%. O giro financeiro foi elevado, de R$ 26 bilhões, devido ao vencimento de opções de ações.
A alta do dólar foi um dos principais sintomas da fuga de recursos externos no pregão. Apesar da melhora na percepção de risco para a economia global, o investidor manteve a cautela nos mercados emergentes.
No exterior, o viés foi positivo com medidas de estímulo na Alemanha e na China. Também contribuiu para a recuperação a aproximação dos americanos para um acordo comercial com a China.
Toda a agitação dos últimos dias com o noticiário envolvendo guerra comercial entre EUA e China e indicadores econômicos fracos na Europa vem castigando as ações do setor de materiais básicos. Nesta segunda-feira, a alta dos preços do petróleo favoreceu a recuperação das ações da Petrobras, que subiram 0,50% (PN) e 1,36% (ON). No acumulado de agosto, no entanto, contabilizam perdas superiores a 6%.