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Economia

- Publicada em 15 de Agosto de 2019 às 03:00

Macri anuncia pacotede medidas econômicas

Presidente argentino também promete reduzir imposto para baixa renda

Presidente argentino também promete reduzir imposto para baixa renda


/ARGENTINA'S PRESIDENCY/AFP/JC
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, anunciou nesta quarta-feira (14) um pacote de novas medidas em que veio trabalhando junto a sua equipe econômica nos últimos dias. A ideia é minimizar a inflação que já se nota no comércio devido à desvalorização do peso e conter a disparada dos preços.
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, anunciou nesta quarta-feira (14) um pacote de novas medidas em que veio trabalhando junto a sua equipe econômica nos últimos dias. A ideia é minimizar a inflação que já se nota no comércio devido à desvalorização do peso e conter a disparada dos preços.
Entre as medidas está o congelamento do preço do combustível por 90 dias (o primeiro turno das eleições será em 73 dias), um aumento de 25% do salário-mínimo (atualmente é de US$ 225, ou cerca de R$ 902,00) e aumento de 40% para os que recebem a bolsa "progresar" (progredir), voltada a estudantes, e para os que recebem a Asignación Universal por Hijo (uma espécie de bolsa-família criada durante o kirchnerismo).
Ainda sem dar detalhes, Macri disse que, nos próximos dias, haverá anúncios de quanto será a redução de impostos para a população de baixa renda e sobre um plano para ajudar as pequenas e médias empresas que consistiria em reduzir suas obrigações junto à Afip (receita federal). "São medidas que trarão alívio para 17 milhões de trabalhadores e suas famílias", disse Macri em uma mensagem gravada antes da abertura dos mercados.
O anúncio foi feito pelo presidente após fazer um mea culpa do tom adotado na última segunda-feira (12), um dia depois da derrota nas primárias. Com outro semblante e sem mostrar a irritação daquele dia, disse com firmeza e tranquilidade que queria "pedir desculpas pelas expressões" que usou na ocasião.
Macri foi muito criticado por analistas e nas redes sociais por tentar assustar as pessoas com a ameaça kirchnerista e por sugerir que a culpa de que o dólar e as ações argentinas se descontrolassem era dos eleitores que votaram em Alberto Fernández.
"Quero que saibam que respeito profundamente a decisão dos argentinos". E acrescentou: "Tive dúvidas de convocar a coletiva de segunda porque ainda estava muito impactado pelo resultado da eleição, estava sem dormir e estava triste. Mas volto aqui hoje para que tenham certeza de que eu os entendi".
A vitória da oposição nas primárias fez a Bolsa de Buenos Aires despencar 37% na segunda e o peso argentino se desvalorizar 17%. Na terça-feira (13), a Bolsa se recuperou um pouco e subiu 10,76%, mas o peso voltou a perder valor. O dólar subiu 5% e atingiu nova máxima, de 55,65 pesos argentinos.
O candidato kirchnerista, Alberto Fernández, negou que avalia colaborar com o governo daqui até outubro. "Eu sou apenas um candidato, o presidente é Macri, ele que se encarregue de resolver essa crise econômica que seu governo criou". E acrescentou: "Não vou dialogar com ele, com Wall Street, com a CGT nem com os bancos. Quem tem de governar é Macri, que criou essa situação toda. Não sou nem mesmo o presidente eleito."
Nesta quarta (14), o custo de garantia contra a exposição da dívida soberana da Argentina subiu mais 150 pontos-base, com os investidores permanecendo afastados em meio ao colapso do mercado após as eleições preliminares.
Os credit default swaps (CDS), espécie de seguro contra calote da dívida do país estavam em 2.720 pontos básicos, acima dos 2.570 pontos de terça-feira e bem mais que o dobro do fechamento de 1.017 de sexta-feira, antes das eleições primárias do fim de semana, segundo dados da IHS Markit.
 
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