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Chineses erguem condomínios exclusivos para idosos
Áreas têm apartamentos de diversos tamanhos e equipamentos comuns para atividades de lazer
PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
A China encontrou um caminho do seu jeito para resolver um problema que está presente em todo o mundo: onde ficarão os idosos que vivem sozinhos, pois os filhos não têm mais como estar por perto ou não têm tempo para cuidá-los.
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A China encontrou um caminho do seu jeito para resolver um problema que está presente em todo o mundo: onde ficarão os idosos que vivem sozinhos, pois os filhos não têm mais como estar por perto ou não têm tempo para cuidá-los.
Condomínios verticais privados com diversos edifícios são erguidos para receber moradores para temporadas curtas ou permanentes. As áreas têm apartamentos de diversos tamanhos e equipamentos comuns para lazer, atividades terapêuticas, fisioterapia, pomar e até caverna com piscinas com água quente, chamado de balneário medicinal.
> VÍDEOS JC: Conheça um dos condomínios de idosos na cidade de Yingkou
“Eles vêm uma primeira vez, gostam da experiência e voltam para ficar”, conta Chen li jie, funcionária de um dos empreendimentos que fica em Yingkou, cidade portuária da província de Liaoning, no nordeste da China.
A instituição de pensão Qin Heyuan está implantando um megaempreendimento em um bairro de Yingkou, que está sendo erguido em módulos. Serão 400 mil metros quadrados construídos quando o condomínio estiver completo, com investimento de 2 bilhões de yuans, cerca de R$ 1 bilhão.
Os 200 apartamentos dos prédios que já estão prontos estão todos ocupados, diz li jie. Nas unidades, estão 300 pessoas, 90% delas de casais. Outras unidades estão em construção e abrirão vagas para mais 700 pessoas. O complexo terá no futuro áreas comerciais, garantindo suporte mais completo aos habitantes.
O casal de aposentados Zhu xichang, 80 anos, e Gao guilan, 77 anos - o sobrenome vem antes do nome na China -, paga 5 mil yuans (cerca de R$ 2,5 mil) por mês para viver no residencial.
Casal de aposentados Zhu xichang, 80 anos (esquerda), e mulher Gao guilan, 77 anos. Foto Patrícia Comunello/Especial/JC
“Estamos muito felizes aqui, nossa alimentação é muito boa”, comenta Zhu, com muita simpatia. Ele conta que os dois tiveram uma primeira passagem pelo lugar para uma temporada de dois anos e acabaram voltando para uma estadia definitiva.
“Na cidade onde residimos, em Jin zhou, morávamos sozinhos. Temos duas filhas, mas uma se mudou agora para o Canadá. A outra reside na nossa cidade natal”, explica o morador. Os dois conversam com as filhas por meio da internet e em transmissões por webcam uma vez por semana:
A funcionária esclarece que o valor por mês varia conforme o tamanho do apartamento. Alguns ocupantes relatam que pagam 7 mil yuans (R$ 3,5 mil). No verão, que é a atual e estação de férias na China, tem valor mais elevado, acrescenta li jie.
Em um dos prédios, estão diversas estruturas. Há áreas de jogos e pintura, para apresentações com piano para residentes que dominam o instrumento. “Eles têm muita atividade para ocupar o tempo”, lembra a funcionária.
Também há salas com equipamentos para atividades motoras, dependendo da condição e até limitações do idoso, e para fisioterapia. Profissionais fazem o acompanhamento dos usuários. O residencial não recebe pessoas que estão com doenças mais avançadas.
A estrutura tem 200 pessoas trabalhando, muitas delas especialistas, como médicos e outros profissionais de saúde. O empreendimento recebe moradores de todo o país, completa li jie. A cidade natal de Zhu e a mulher fica no oeste da China.