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Varejo

- Publicada em 04 de Agosto de 2019 às 19:52

Empresas apostam na diversificação de negócios

Calçadista Palterm investiu em produtos de saúde, destaca Gabriella

Calçadista Palterm investiu em produtos de saúde, destaca Gabriella


/PALTERM COMPANY/DIVULGAÇÃO/JC
Caminho já trilhado pelas farmácias - que, há bastante tempo, deixaram de vender apenas medicamentos -, a oferta de conveniência tem impactado diretamente os canais tradicionais de varejo. O movimento não chega a ser considerado uma tendência, mas pode ser verificado em empresas com "determinado nível de maturidade", segundo explica o consultor de varejo Claudio D'Avila. "Onde há um bom relacionamento com o cliente, a introdução de novos itens é favorecida", observa. "Nesses casos, vale diversificar para diminuir os riscos como estratégia para driblar uma situação vegetativa da economia." Outra forma de aumentar os resultados é concentrar o mix, para potencializar as vendas, pondera D'Avila.
Caminho já trilhado pelas farmácias - que, há bastante tempo, deixaram de vender apenas medicamentos -, a oferta de conveniência tem impactado diretamente os canais tradicionais de varejo. O movimento não chega a ser considerado uma tendência, mas pode ser verificado em empresas com "determinado nível de maturidade", segundo explica o consultor de varejo Claudio D'Avila. "Onde há um bom relacionamento com o cliente, a introdução de novos itens é favorecida", observa. "Nesses casos, vale diversificar para diminuir os riscos como estratégia para driblar uma situação vegetativa da economia." Outra forma de aumentar os resultados é concentrar o mix, para potencializar as vendas, pondera D'Avila.
"A diversificação altera a normalidade, apresentando um fato novo, o que, por si só, é um movimento positivo, de complemento de linha", avalia o consultor de varejo. A aposta é ousada e exige custos elevados, que só serão diluídos ao longo do tempo. Mas, quando bem planejada, pode gerar bons frutos.
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"Percebemos um nicho de oportunidades a explorar, em um momento em que já tínhamos maturidade, expertise e capacidade técnica para expandir", comenta a CEO da gaúcha Palterm Company, Gabriella Motta. Em meio ao cenário preocupante que atinge o setor de indústrias no Rio Grande do Sul, a empresa que atua no varejo calçadista optou por pegar a contramão do mercado e investir em produtos para serem vendidos em farmácias.
Com foco na solução de "pequenos incômodos", a exemplo de bolhas causadas pela fricção da pele com calçados, a companhia lançou, em fevereiro, a marca Desencana. No mix estão um spray antiatrito, que forma uma barreira invisível nos pés; um impermeabilizante para calçados, contra todos os tipos de líquido; um protetor de lóbulo, que sustenta brincos pesados nas orelhas; e uma meia invisível, com design exclusivo, desenvolvida para não aparecer por fora dos sapatos e não cair dos pés.
"Temos, ainda, uma espuma limpadora, que limpa calçados a seco em poucos minutos, e um salto invisível - encaixado dentro do sapato, que acrescenta 2,5 centímetros a mais de altura", acrescenta Gabriella. De acordo com a empresária, o grupo tem expectativa de aumentar o faturamento em até 20% com seu novo braço nos próximos dois anos. "Apostamos, então, no potencial das drugstores para nos posicionar e estabelecemos, ainda, uma plataforma de private label, atendendo, ao mesmo tempo, a uma demanda crescente de grandes redes."
Somando mais de 8 mil produtos no portfólio, outra varejista gaúcha (do segmento de franquias) optou por ampliar sua atuação, investindo no conceito de marketing de experiência. Originária do modelo de negócio de varejo "porta a porta", em que os consultores vão até a residência ou trabalho dos clientes finais para apresentar catálogos e comercializar produtos, a Golfran passará a vender também por meio digital, a partir de agosto. "A entrega dos produtos adquiridos continuará sendo feita pelos consultores, sem a adição de custos de frete", esclarece a gerente de Marketing e Desenvolvimento de Produtos da varejista, Kimberly Cavalli.
O maior diferencial, segundo a gerente da Golfran é que a experiência pela internet não será impessoal, a exemplo de um e-commerce convencional. Isso porque o formato irá agregar relacionamento, à medida que a novidade passa por cada consultor de vendas ter sua própria loja on-line.
No catálogo, a varejista ofertando artigos de cama, mesa, banho, cortinas, decoração, vestuário, moda íntima, bolsas, joias, calçados, brinquedos, artigos de bebês, utilidades domésticas, entre outros. Para engajar e fidelizar as consultoras, a Golfran, em parceria com seus franqueados, apostará em uma campanha baseada no conceito marketing de experiência, em que cada um recebe uma meta de vendas individual, baseada em seu faturamento médio.
 

Loja de artigos esportivos oferece serviços para os consumidores

abertura da loja Decathlon no  Astir Center Mall, localizado na Avenida Nilo Peçanha, 2061. Fotos do ambiente

abertura da loja Decathlon no Astir Center Mall, localizado na Avenida Nilo Peçanha, 2061. Fotos do ambiente


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Exemplo de aposta na diversidade dos negócios, a multinacional Decathlon, especializada na venda de artigos esportivos, também investe na oferta de serviços para atrair consumidores. Nesse caso, a estratégia visa aumentar vendas, propondo em paralelo uma experiência extra ao consumidor. "Nem todas as lojas oferecem todos os serviços, porque isso depende também do espaço físico em que elas estão instaladas", explica o diretor da loja situada no Praia de Belas Shopping, Kaio Andrade. "Algumas unidades, por exemplo, oferecem espaço para teste de produtos com quadras, rampas de skate e até tanques de mergulho. Em Porto Alegre, temos serviços como encordoamento de raquetes e oficina de reparo para bicicletas", comenta.
A varejista ainda oferece o Clube Decathlon, com benefícios para associados, a exemplo da possibilidade de testar produtos em casa antes de comprá-los, acesso a eventos esportivos organizados pela marca, entre outros. "Hoje em dia, está cada vez mais raro encontrar nichos onde se consegue margens boas para trabalhar, porque, em geral, a maioria das coisas já é ofertada no mercado - então, quando isso acontece, é bastante positivo", comenta o consultor de varejo Claudio D'Avila.