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Economia

- Publicada em 31 de Julho de 2019 às 19:21

Bolsas de Nova Iorque fecham em baixa de mais de 1% após decisão do Fed e falas de Powell

Dow Jones fechou em baixa de 1,23%

Dow Jones fechou em baixa de 1,23%


SPENCER PLATT/GETTY IMAGES/AFP/JC
Agência Estado
As bolsas de Nova Iorque encerraram a sessão desta quarta-feira (31), no negativo, com recuo superior a 1% dos índices. O mercado foi impactado pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que cortou sua meta para a taxa de juros em 25 pontos-base, e pela coletiva de imprensa do presidente da instituição, Jerome Powell.
As bolsas de Nova Iorque encerraram a sessão desta quarta-feira (31), no negativo, com recuo superior a 1% dos índices. O mercado foi impactado pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que cortou sua meta para a taxa de juros em 25 pontos-base, e pela coletiva de imprensa do presidente da instituição, Jerome Powell.
O índice Dow Jones fechou em baixa de 1,23%, aos 26.864,27 pontos, enquanto o Nasdaq caiu 1,19% para 8.175,42 pontos. O S&P 500 recuou 1,09% para 2.980,38 pontos, fechando abaixo da marca psicológica de 3 mil pontos.
O subíndice de serviços financeiros do S&P 500 caiu 0,43% hoje, com baixas como as do Goldman Sachs (-0,57%), Citigroup (-0,77%), Bank of America (-0,68%), Morgan Stanley (-0,25%) e Wells Fargo (-0,29%). O setor tem maior sensibilidade imediata a alterações na taxa de juros, que afetam diretamente o spread bancário.
O corte de juros anunciado hoje pelo Fed é o primeiro desde 2008 e já era fortemente precificado pelo mercado há semanas. Em comunicado, a entidade mencionou "implicações de acontecimentos globais sobre a perspectiva econômica" e "pressões inflacionárias contidas" nos Estados Unidos como justificativas para a redução. A autoridade monetária também diminuiu a taxa de juros que paga aos bancos sobre depósitos compulsórios.
As bolsas chegaram a oscilar logo após a decisão, mas passaram a cair e renovaram mínimas durante a coletiva de Powell. O presidente do Fed enfatizou que a redução teve um perfil de "seguro" e é um "ajuste de meio de ciclo", negando que seja o início de um ciclo de cortes, mas não refutando a possibilidade de novos ajustes negativos. Powell voltou a afirmar que a economia dos EUA segue resiliente e com crescimento moderado, embora as tensões comerciais e a desaceleração econômica global pesem sobre a perspectiva.
Para o Commerzbank, o tom moderado do Fed é uma tentativa de encontrar um "caminho intermediário" entre os clamores do presidente Donald Trump por uma ação agressiva da instituição e as dúvidas de quanto à necessidade real de qualquer ação. "Com a independência do Fed sob ataque, o banco central busca evitar cometer erros que forneçam mais munição para Trump", avalia o analista do Commerzbank Bernd Weidensteiner.
Segundo o especialista, fora as considerações políticas, o motivo por trás do corte de hoje é uma deterioração do ambiente econômico, particularmente no cenário global. "O aumento dos riscos e a inflação fraca abrem espaço para um pouco de segurança através do relaxamento monetário", explica Weidensteiner.
Além da política monetária, alguns balanços financeiros movimentaram os pregões nesta quarta-feira. No setor de energia, companhias do setor de petróleo como Hess (+4,58%), Baker Hughes (+3,59%) e National Oilwell (+3,48%), além da distribuidora de gás natural Oneok (+4,27%), tiveram ganhos após publicar lucros para o segundo trimestre do ano.
O setor de bens de primeira necessidade, por outro lado, recuou 1,99% no S&P 500, com Colgate-Palmolive (-4,01%), Procter & Gamble (-1,97%) e Johnson & Johnson (-1,41%) entre as baixas do dia. O segmento de tecnologia também sofreu retração na sessão de hoje, com forte recuo da AMD (-10,10%), Microsoft (-2,91%), Intel (-2,22%) e Micron (-5,42%).
A Apple (+2,04%) se aproximou hoje da marca de US$ 1 trilhão de valor de mercado, repercutindo o anúncio de lucros líquidos acima do esperado, mas encerrou o pregão avaliada em US$ 980,2 bilhões. Atualmente, a Microsoft é a única empresa do planeta com valor trilionário de mercado.
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