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Economia

- Publicada em 31 de Julho de 2019 às 18:11

Juros futuros sobem com Fed e à espera de decisão do Copom

Agência Estado
Com uma arrancada na reta final dos negócios, na esteira de declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, os juros futuros encerraram a sessão regular desta quarta-feira (31), em alta, acompanhando o movimento de fortalecimento do dólar. A despeito de uma maior movimentação, sobretudo na última hora de pregão, a liquidez ainda foi reduzida, com investidores sem disposição para alterar de forma significativa as apostas para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) ainda nesta quarta.
Com uma arrancada na reta final dos negócios, na esteira de declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, os juros futuros encerraram a sessão regular desta quarta-feira (31), em alta, acompanhando o movimento de fortalecimento do dólar. A despeito de uma maior movimentação, sobretudo na última hora de pregão, a liquidez ainda foi reduzida, com investidores sem disposição para alterar de forma significativa as apostas para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) ainda nesta quarta.
Entre os curtos, DI para janeiro 2020 subiu de 5,522% para 5,615%. Na parte intermediária, DI para janeiro de 2021 subiu de 5,417% para 5,500%, enquanto o DI para janeiro de 2023 passou de 6,30% para 6,35%. Na ponta longa, DI para janeiro de 2025 subiu de 6,84% para 6,90%. Na máxima, atingiu 6,92%.
Apesar da alta das taxas dos contratos curtos, com alguma zeragem de posições, foi mantida no pregão a visão majoritária de que o Copom iniciará o ciclo de afrouxamento monetário com um corte da mais robusto da Selic. Cálculos da gestora Quantitas mostram que as taxas espelham 66% de chances de corte da taxa básica em 0,50% ponto porcentual, para 6% ao ano, ante 64% no fim da sessão de terça. Para o ciclo total de queda da Selic, também houve redução marginal, de 1,20 ponto na terça para 1,13 ponto nesta quarta.
Enquanto o mercado de juros futuros se inclinva para um corte maior, os economistas se mostraram divididos. De 51 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 51 esperavam que o início do processo de flexibilização monetária acontecesse em julho, sendo que 26 aguardavam corte de 0,25 ponto, e 25, de 0,50 ponto porcentual.
Como esperado, o Fed anunciou, em seu comunicado, redução dos Fed funds em 0,25 ponto porcentual (para uma faixa entre 2,0% para 2,25%) - o que fez com que os mercado reagissem de forma morna. A novidade veio na entrevista coletiva de Powell. Primeiro, o presidente do BC americano disse que a decisão de cortar os juros era apenas um ajuste no meio de um ciclo de política monetária, o que foi interpretado por investidores como sinal de que não haveria mais redução dos Fed funds. Foi o que bastou para que o dólar ganhasse força globalmente, movimento que respingou no real e acabou levando as taxas futuras a acelerar e atingir as máximas do dia.
Em seguida, Powell pôs panos quentes e afirmou não ter dito que não pode haver outros cortes de juros à frente. Na verdade, o sinal é de que a redução desta quarta não representa o início de um ciclo longo de afrouxamento monetário. Em resposta, o dólar reduziu o ritmo de alta, o que fez as taxas dos DIs se afastarem das máximas.
Para o economista-chefe do Haitong Banco de Investimento, Flávio Serrano, a sinalização do Fed de que não haverá uma sequência de redução de juros nos Estados Unidos reforça a possibilidade de que o ciclo de afrouxamento monetário doméstico não seja muito longo. "O ciclo deve ser de cerca de 1 ponto, eventualmente chegando a 1,5 ponto. Nesse cenário, o comunicado de hoje (quarta) ganha ainda mais importância", diz Serrano, que reiterou, após o Fed, a projeção de corte de 0,25 ponto nesta quarta e Selic em 5,50% no fim do ano. "Não vemos espaço para um ciclo longo e muito intenso, mesmo se o BC vier com a mão mais pesada. Mas podemos rever, dependendo do comunicado", afirma.
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