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Economia

- Publicada em 30 de Julho de 2019 às 12:40

Chineses aguardam visita de Bolsonaro para ampliar negócios com Brasil

Para Cheng An, mesmo distante geograficamente, Brasil pode estar em cooperação comercial

Para Cheng An, mesmo distante geograficamente, Brasil pode estar em cooperação comercial


Patrícia Comunello/Especial/JC
Patrícia Comunello
Os chineses esperam que, até o fim de 2019, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, viaje ao gigante asiático, segunda economia do mundo - com seu PIB de mais de US$ 13 trilhões. Ex-integrantes de áreas de comércio e da diplomacia chinesas avaliam que a proximidade de Bolsonaro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que abriu guerra comercial contra a China, não afeta a relação entre as duas nações.
Os chineses esperam que, até o fim de 2019, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, viaje ao gigante asiático, segunda economia do mundo - com seu PIB de mais de US$ 13 trilhões. Ex-integrantes de áreas de comércio e da diplomacia chinesas avaliam que a proximidade de Bolsonaro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que abriu guerra comercial contra a China, não afeta a relação entre as duas nações.
A China é o maior cliente do Brasil hoje, com demanda por soja e carnes. O Rio Grande do Sul tem o tigre asiático como o maior comprador, arrematando mais de 90% do volume de soja exportado. Na semana passada, o Ministério da Agricultura divulgou lista de 24 plantas industriais, sete delas gaúchas, habilitadas para exportar lácteos aos chineses, maior importador do mundo no segmento.
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Em seminários com uma comitiva de jornalistas do Brasil e países da África de Língua Portuguesa, palestrantes mostram entusiasmo com o potencial de trocas com o Brasil, além de destinos africanos, que ganham cada vez mais investimentos chineses.
O ex-vice-diretor do Departamento da Ajuda Externa do Ministério do Comércio chinês, Wang Cheng An, citou que, mesmo distante geograficamente, o Brasil pode estar na cooperação do 'Um Cinturão, uma Rota', que tem acordos com mais de 160 países para instalar caminhos de intercâmbio comercial. A ação revive o que significou a Rota da Seda há mais de 600 anos, que estabeleceu fluxos de comércio entre Oriente e Ocidente. Além de obras de infraestrutura para aumentar os negócios, também há previsão de conexão digital. O 'Um Cinturão, uma Rota' é uma das ações estratégias no front externo chinês.
“O novo presidente vai visitar a China, a perspectiva é positiva para os laços de amizade e comércio“, aposta Cheng An, que espera que o Brasil também assine a adesão à iniciativa para unir mercados. “Hoje o país não está no acordo, mas vai estar”, projeta.
O ex-vice-diretor do Ministério do Comércio e que foi um dos estudiosos da entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2001, cita o projeto de uma ferrovia ligando os Oceanos Pacífico e Atlântico, com corredor comandado no Chile. “Isso pode fazer parte do 'Um Cinturão, uma Rota', mesmo que ainda leve tempo, pois envolve muito dinheiro, o Brasil está incluído.” Cheng An reforçou o peso do Brasil nesse fluxo por ser a maior economia da América Latina e está entre as dez maiores do mundo.
O ex-diretor de comércio citou a frase de Bolsonaro, em 2018, na campanha presidencial, indicando que os investimentos dos chineses eram bem-vindos, "mas que não poderiam comprar o Brasil". A legislação brasileira restringe compra de terras por estrangeiros, por exemplo, com limite de participação a menos de 50% do capital. Essa trava represou projetos bilionários. “Mesmo assim, a China continuará com seu interesse no Brasil."
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