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Mercado Digital

- Publicada em 29 de Julho de 2019 às 21:38

Brasileiro aceita compartilhar dados em troca de personalização

Instituições financeiras trabalham em busca de uma oferta individual

Instituições financeiras trabalham em busca de uma oferta individual


BENZOIX - FREEPIK.COM/BENZOIX - FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
Mais da metade dos consumidores no mundo aceitaria compartilhar dados pessoais, como informações sobre localização e estilo de vida, com seus bancos e seguradoras em troca de benefícios, incluindo aprovações de empréstimo mais rápidas, descontos em academias e ofertas personalizadas com base na sua localização. É o que aponta o Global Financial Services Consumer Study da Accenture, pesquisa realizada com base em entrevistas com 47 mil consumidores de 28 mercados, inclusive 2 mil no Brasil.
Mais da metade dos consumidores no mundo aceitaria compartilhar dados pessoais, como informações sobre localização e estilo de vida, com seus bancos e seguradoras em troca de benefícios, incluindo aprovações de empréstimo mais rápidas, descontos em academias e ofertas personalizadas com base na sua localização. É o que aponta o Global Financial Services Consumer Study da Accenture, pesquisa realizada com base em entrevistas com 47 mil consumidores de 28 mercados, inclusive 2 mil no Brasil.
Entre os brasileiros, a expectativa pelo aumento no nível de digitalização e personalização de serviços bancários está acima da média global. Enquanto 48% do total de entrevistados esperam que seus dados sejam usados pelos bancos para antecipar necessidades e para recomendação de produtos e serviços de acordo com o perfil do cliente, no Brasil, o índice de concordância com a afirmação chegou a 67%.
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A diretora da Accenture, Joana Henklein, comenta que a utilização em escala dos serviços digitais, agregada à conveniência do uso do smartphone, permitiu que o consumidor compartilhasse dados, informações de comportamentos e hábitos de consumo e impulsionou a exploração da personalização pelas empresas brasileiras. "Os brasileiros são muito abertos a utilizar serviços digitais no setor financeiro. O novo consumidor tem grande desenvoltura nos meios digitais, utiliza seus devices para pesquisar, comparar e realizar compras e transações financeiras", observa.
Os principais objetivos dos consumidores brasileiros ao compartilhar seus dados pessoais, explica, são a conveniência e a conexão dos aspectos financeiros e não-financeiros de sua vida. "Observamos no mercado financeiro brasileiro uma crescente disponibilização de serviços personalizados nesta direção", diz. Diante disto, as instituições financeiras estão selecionando as opções relevantes para cada indivíduo, baseado em seu comportamento de consumo e interação anterior, além de demografia, comportamentos, preferências e interação com outros produtos/empresas. "Isso tem permitido uma oferta no momento apropriado de suas jornadas, pelos canais de sua preferência, respeitando sua privacidade e liberdade de escolha", acredita. Aliás, a maioria das pessoas que participou do estudo acredita, porém, que a privacidade deve vir em primeiro lugar - 75% dos entrevistados afirmou que são muito cautelosos em relação à privacidade de seus dados pessoais. Questionados sobre o que os faria sair de seu banco ou seguradora, as violações de segurança de dados foram a segunda maior preocupação - atrás apenas do aumento de custos.
Os consumidores demonstraram apoio aos prêmios de seguro personalizados. Ao todo, 64% manifestaram interesse em contar com prêmios de seguro de carro ajustados com base em direção segura e 52%, em prêmios de seguro de vida vinculados a um estilo de vida saudável. Além disso, 79% forneceriam dados como renda, localização e hábitos pessoais às suas seguradoras, caso acreditassem que isto poderia reduzir a probabilidade de acidentes ou perdas.
Já no setor bancário, o número de consumidores dispostos a dividir esses dados passa a 81% para casos de aprovação rápida de empréstimos, enquanto 76% o fariam para receber ofertas personalizadas com base em sua localização, como descontos de um varejista. Metade dos consumidores (51%) gostaria que seu banco fornecesse atualizações sobre quanto dinheiro está disponível em suas contas até o próximo dia de pagamento, e 57% gostariam de dicas de economia com base em seus hábitos de consumo. O estudo da Accenture mostra que os fornecedores gozam de elevado índice de confiabilidade. Os bancos aparecem como a instituição mais confiada para acompanhamento de dados e informações financeiras de clientes, seguidos pelas seguradoras, meios de pagamentos online, empresas e provedores de serviços de telecomunicações, varejistas e plataformas de redes sociais, respectivamente.
No Brasil, 84% das pessoas que participaram da pesquisa confiam nos bancos em que são correntistas para cuidar de seus dados, enquanto 82% alegam confiar em seus bancos para preservar sua saúde financeira no longo prazo. "As empresas financeiras brasileiras têm uma grande responsabilidade em manter seu papel como guardiões da privacidade de dados, salvaguardando os dados dos consumidores e tomando as medidas necessárias para evitar violações de segurança de dados."
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