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Economia

- Publicada em 29 de Julho de 2019 às 03:00

Analistas projetam Selic em 5,5% até o fim do ano

Com economia fraca, inflação abaixo da meta e expectativa de queda de juros americanos e europeus, o mercado financeiro espera quatro cortes na taxa básica de juros brasileira, de 0,25 ponto percentual, ainda neste ano. O primeiro deles é esperado para esta quarta-feira na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A Selic está em 6,5% ao ano desde março de 2018.
Com economia fraca, inflação abaixo da meta e expectativa de queda de juros americanos e europeus, o mercado financeiro espera quatro cortes na taxa básica de juros brasileira, de 0,25 ponto percentual, ainda neste ano. O primeiro deles é esperado para esta quarta-feira na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A Selic está em 6,5% ao ano desde março de 2018.
Nas últimas atas, o Copom estabeleceu um avanço concreto da reforma da Previdência como condição para fornecer estímulos monetários para a economia - ou seja, para reduzir os juros. Com a aprovação da PEC da Previdência em primeiro turno na Câmara dos Deputados no início deste mês, a redução da Selic se torna iminente e quase um consenso no mercado financeiro.
O mercado futuro de juros, que precifica expectativas, já aponta uma taxa básica menor. O contrato de setembro deste ano leva o preço de uma Selic a 6% ao ano. "A economia está muito fraca, há muita ociosidade. Estímulos são necessários. Sem esse corte, a inflação fica abaixo da meta em 2020", afirma Alberto Ramos, economista-chefe do Goldman Sachs.
A estimativa para a inflação oficial do País, medida pelo IPCA, está em 3,78% no ano, abaixo da meta de 4,25% definida pelo Banco Central. Para 2020, a estimativa é de 3,90% contra a meta de 4%. Em junho, a inflação do País foi a menor do ano, em 0,01%.
Segundo o IBGE, houve deflação em 7 das 16 cidades pesquisadas, até mesmo em São Paulo - em maio, haviam sido apenas duas nessa situação. Ramos ressalta, no entanto, que apenas cortes na taxa básica não são suficientes para estimular a economia. "A queda na Selic ajuda na margem, mas não vai salvar a economia. O crescimento não é determinado pelos juros. O BC não consegue entregar crescimento. Caso contrário, não havia país pobre", diz o economista.
Para gerar impacto maior no cenário econômico, há quem aposte em corte mais incisivo nesta quarta, como o Itaú. O banco espera corte de 0,5 ponto percentual, seguido por reduções semelhantes nas reuniões de setembro e outubro, com a Selic a 5% antes do fim do ano, patamar que, segundo o Itaú, deve se manter em 2020. "A aprovação da reforma da Previdência em primeiro turno veio forte, com ampla margem de votos e um impacto fiscal maior do que o esperado", afirma Fernando Gonçalves, superintendente de pesquisa econômica do Itaú Unibanco.
O movimento segue a tendência americana e europeia. Com a desaceleração dessas economias, com inflação fraca e dados econômicos nada animadores, os bancos centrais têm adotado postura aberta a estímulo monetário.
 
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