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governo federal

- Publicada em 19 de Julho de 2019 às 03:00

Bolsonaro celebra 200 dias de governo com anúncios

Jair Bolsonaro é o primeiro presidente a comemorar 200 dias de gestão

Jair Bolsonaro é o primeiro presidente a comemorar 200 dias de gestão


/EVARISTO SA/AFP/JC
O presidente Jair Bolsonaro participou, nesta quinta-feira (18), de cerimônia alusiva aos seus 200 dias de governo. O evento, realizado pela primeira vez por um presidente desde a redemocratização, foi marcado pelo anúncio de várias medidas, como a revogação de normas e decretos que desburocratizam a administração pública.
O presidente Jair Bolsonaro participou, nesta quinta-feira (18), de cerimônia alusiva aos seus 200 dias de governo. O evento, realizado pela primeira vez por um presidente desde a redemocratização, foi marcado pelo anúncio de várias medidas, como a revogação de normas e decretos que desburocratizam a administração pública.
Foi assinada a revogação de 324 decretos considerados implicitamente revogados ou com validade prejudicada, com o intuito de simplificar o arcabouço legal brasileiro. Um projeto de lei ainda será encaminhado ao Congresso Nacional para extinção de 583 leis e decretos-lei que já não tem mais aplicação prática.
Bolsonaro também assinou a regulamentação do Selo Arte, que permite a venda de produtos artesanais de origem animal em todo o País, desde que cumpram as exigências sanitárias, de fabricação e de boas práticas agropecuárias. Embora o selo seja federal, a fiscalização da qualidade dos alimentos caberá aos órgãos estaduais. A medida deve beneficiar, por exemplo, produtores de queijos, doces e embutidos.
"Selo Arte parece coisa pequena, mas tem repercussão fantástica. Nossos produtores estavam presos a uma legislação do passado, da década de 1950, nossos pequenos produtores estavam na prática proibidos de comercializar produtos artesanais de origem animal fora de seus estados", disse a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Além disso, foi assinado o decreto que cria o conselho que vai acompanhar a adesão do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O colegiado será responsável pela aprovação da estratégia de preparação, acompanhamento e adesão do Brasil ao órgão, além da política de comunicação do processo. Pelo decreto, vão compor o conselho o ministro-chefe da Casa Civil, que será o coordenador, e os ministros das Relações Exteriores, da Economia e da Secretaria-Geral da Presidência da República.
Outro decreto assinado na cerimônia determina a transferência do Conselho Superior do Cinema do Ministério da Cidadania para a estrutura da Casa Civil da Presidência da República. Ao justificar a medida, em entrevista à imprensa, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, argumentou que o conselho já esteve na Casa Civil e que é preciso acompanhar melhor o retorno dos investimentos públicos no cinema.
Bolsonaro considera transferir a Agência Nacional do Cinema (Ancine) do Rio de Janeiro para Brasília. Ele criticou o suposto "ativismo" na produção de filmes brasileiros, citando como exemplo o filme "Bruna Surfistinha", que narra a história de uma ex-garota de programa. "Não posso admitir que, com dinheiro público, se façam filmes como o da Bruna Surfistinha. Não dá. Ele apresentou propostas sobre a Ancine, para trazer para Brasília. Não somos contra essa ou aquela opção, mas o ativismo não podemos permitir, em respeito às famílias, uma coisa que mudou com a chegada do governo", disse o presidente.
Em outra medida, Bolsonaro estendeu os critérios gerais de ocupação de cargos em comissão do grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS) e das funções comissionadas do Poder Executivo aos demais cargos em comissão e funções de confiança da administração federal direta, autárquica e fundacional, com validade a partir de 1 de agosto. Entre os critérios estendidos estão idoneidade moral e reputação ilibada, perfil profissional ou formação acadêmica compatível com o cargo ou a função para a qual a pessoa tenha sido indicada.
O presidente também editou medida provisória para permitir que a Defensoria Pública da União (DPU) mantenha a situação atual de pessoal de apoio com os funcionários requisitados de outros órgãos da administração federal direta, autárquica e fundacional.
Na celebração, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que o foco da gestão é o crescimento do País por meio do investimento de recursos oriundos de privatizações e concessões. Ele destacou também a aprovação em primeiro turno da reforma da Previdência pela Câmara e o leilão de petróleo da cessão onerosa.

Medidas anunciadas pelo governo

  • Revogações - o governo federal revogou 907 medidas consideradas implicitamente revogadas ou com validade prejudicada. São 324 decretos e 583 leis e decretos-lei, classificados como obsoletos;
  • Ficha limpa - Os pré-requisitos atualmente exigidos para exercer postos de confiança, como enquadramento na Lei da Ficha Limpa, idoneidade moral e boa reputação, passarão a ser cobrados para todos os cargos comissionados e de confiança da administração direta, de autarquias e fundações. A ação assinada nesta quinta-feira começa a valer a partir de 1 de agosto deste ano;
  • Conselho da OCDE - foi criado um conselho para acompanhar a adesão do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). A responsabilidades desse órgão será de aprovar uma estratégia de preparação do País e da comunicação do processo;
  • Selo Arte - criação de uma certificação que vai avaliar a qualidade dos alimentos de origem animal produzidos no País de forma artesanal;
  • Queijo artesanal - será enviado ao Congresso, por iniciativa parlamentar, projeto de lei que cria regra específica para caracterizar o queijo artesanal, normatizando a produção e comercialização;
  • Estatuto do idoso - consolidação por meio de decreto de todas as normas sobre pessoas idosas;
  • MP da Defensoria Pública - DPU (Defensoria Pública da União) pode manter funcionários requisitados por outros órgãos como apoio;
  • Cinema - transferência do Conselho Superior do Cinema do ministério da Cidadania para a Casa Civil