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Agronegócios

- Publicada em 18 de Julho de 2019 às 03:00

Ministra pede enfrentamento ao protecionismo

Grupo se reuniu para discutir o desenvolvimento da agropecuária

Grupo se reuniu para discutir o desenvolvimento da agropecuária


/ANTONIO ARAUJO/MAPA/DIVULGAÇÃO/JC
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse ontem que o principal desafio do bloco formado por Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul (Brics) é resolver tendências ao protecionismo, isolacionismo e unilateralismo. "Os desafios exigem, como antes, respostas coletivas. Exigem que nos atenhamos à mesma ideia: simples, mas poderosa, de unir forças", defendeu durante boas-vindas a representantes de delegações do Brics que estão em Brasília para a Reunião de Vice-Ministros de Agricultura do bloco econômico.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse ontem que o principal desafio do bloco formado por Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul (Brics) é resolver tendências ao protecionismo, isolacionismo e unilateralismo. "Os desafios exigem, como antes, respostas coletivas. Exigem que nos atenhamos à mesma ideia: simples, mas poderosa, de unir forças", defendeu durante boas-vindas a representantes de delegações do Brics que estão em Brasília para a Reunião de Vice-Ministros de Agricultura do bloco econômico.
O encontro é preparatório da 9ª Reunião de Ministros de Agricultura do Brics, que será realizada em Bonito (MS), em setembro. Em Brasília, os representantes da delegação conheceram a sede da Embrapa e visitam os laboratórios que testam novas variedades de cana-de-açúcar e bancos de sementes e mudas.
Para a ministra, é uma oportunidade de mostrar as inovações produzidas pela instituição que contribui para o esforço de adaptação da agricultura tropical às mudanças climáticas. Tereza Cristina também destacou que o "Brasil está pronto e disposto a contribuir para garantir a segurança alimentar global, incorporando, no centro de sua estratégia, os princípios do desenvolvimento sustentável".
À tarde, o grupo se reúne no auditório do Ministério da Agricultura (Mapa) para discutir pautas ligadas ao desenvolvimento da agropecuária dos países membros. Temas como promoção da ciência, tecnologia e inovação; economia digital; aumento dos contatos entre o setor produtivo e projetos desenvolvidos pelo Novo Banco de Desenvolvimento do Brics (NDB na sigla em inglês) estão previstos. A reunião será conduzida pelo embaixador Orlando Ribeiro, secretário de Comércio e Relações Internacionais do ministério. Amanhã, as discussões prosseguem e terminam com encontros bilaterais entre os países-membros.
O chefe da delegação chinesa é o diretor do Serviço Veterinário do país, LI Jinxiang; da indiana, o secretário Shri Sanjay Agarwal; da africana, o embaixador JN Mashimbye; e da russa, o diretor adjunto Ilia Geraschenko. A brasileira é chefiada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Orlando Ribeiro.
No fim do encontro, Tereza Cristina comentou sobre a Cúpula do Mercosul, que começou ontem na Argentina. Na reunião, o presidente argentino Maurício Macri passou o posto de presidente pro tempore do Mercosul ao presidente brasileiro Jair Bolsonaro. "Nós temos vários temas, o acordo com a União Europeia, que precisa prosseguir e também discutir como isso se dará nos próximos (anos), incluindo a aprovação pelos parlamentos". O Brasil estará à frente do grupo nos próximos seis meses e será o anfitrião da próxima reunião do Mercosul, que será realizada no fim do ano em Bento Gonçalves (RS).

Governo destitui presidente da Embrapa, e interino assume

O presidente da Embrapa, Sebastião Barbosa, foi destituído do cargo ontem. A demissão de Barbosa, que estava no cargo desde outubro do ano passado, foi publicada no Diário Oficial da União nesta quarta. Barbosa será substituído interinamente por Celso Luiz Moretti, diretor de pesquisa e desenvolvimento da empresa.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que haverá "um processo de seleção" para a escolha do novo chefe da empresa. "Estamos discutindo isso. Não tem nome, vamos entrar num processo de seleção. Já tem um presidente, que é o Celso Moretti, que é da diretoria da Embrapa. Nós vamos fazer tudo com muita calma", disse a ministra.
O presidente Jair Bolsonaro já havia manifestado seu descontentamento com a gestão na Embrapa. Em um café com a bancada ruralista no início de julho, Bolsonaro defendeu que a empresa seja "repotencializada." Deve ser elaborado um plano de reformulação, sem privatização.

Agricultura familiar fará a sua maior Expointer

A agricultura familiar terá a maior participação de sua história na Expointer. A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) divulgou ontem a lista com todos os empreendedores rurais selecionados para ocupar os 316 espaços de comercialização oferecidos na 21ª Feira da Agricultura Familiar da Expointer. As inscrições foram homologadas pela Seapdr em conjunto com a comissão organizadora do pavilhão, formada por Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo, do governo federal, Emater, Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado), Fetraf Sul (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado) e Via Campesina.
O pavilhão oferecerá aos visitantes toda a diversidade de produção das agroindústrias, artesanato rural, plantas e flores, além de quatro cozinhas com refeições. Os estandes serão divididos entre 312 estabelecimentos do Rio Grande do Sul, mais cinco do Rio de Janeiro e 10 de Minas Gerais. Ainda tem as quatro cozinhas que contam com produtos da agricultura familiar.
Serão 247 agroindústrias e 65 empreendedores nas áreas de artesanato rural, plantas e flores participando do Rio Grande do Sul. O número de inscrições é 9,47% maior do que no passado, quando 285 expositores participaram da feira. Neste ano, 55 empreendimentos participarão pela primeira vez.
A Expointer 2019 ocorrerá de 24 de agosto a 1o de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. No ano passado, o Pavilhão da Agricultura Familiar dobrou de tamanho, passando de 3,5 mil metros quadrados para 7,6 mil metros quadrados.