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sistema financeiro

- Publicada em 17 de Julho de 2019 às 03:00

BNDES explicará caixa-preta em até dois meses

Montezano disse que seu objetivo é tornar operações transparentes

Montezano disse que seu objetivo é tornar operações transparentes


/VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL/JC
O novo presidente do BNDES, Gustavo Montezano, disse ontem que irá explicar para a sociedade o que chama de caixa-preta do banco em dois meses. Segundo ele, essa é a primeira meta da instituição financeira até o fim do ano, de um total de cinco objetivos lançados pelo executivo. "O que a gente está se propondo a fazer é explicar a caixa-preta. Existe hoje uma dúvida clara. O que sairá desse estudo que a gente está fazendo, prefiro não comentar agora - afirmou. Para ele, a imagem do banco de fomento hoje é questionada e lembrou que a instituição vive de credibilidade. "Com foco empresarial, é importante termos uma explicação sobre a caixa-preta do BNDES, como marco zero. Precisamos tirar essa nuvem negra de cima do banco", disse o executivo.
O novo presidente do BNDES, Gustavo Montezano, disse ontem que irá explicar para a sociedade o que chama de caixa-preta do banco em dois meses. Segundo ele, essa é a primeira meta da instituição financeira até o fim do ano, de um total de cinco objetivos lançados pelo executivo. "O que a gente está se propondo a fazer é explicar a caixa-preta. Existe hoje uma dúvida clara. O que sairá desse estudo que a gente está fazendo, prefiro não comentar agora - afirmou. Para ele, a imagem do banco de fomento hoje é questionada e lembrou que a instituição vive de credibilidade. "Com foco empresarial, é importante termos uma explicação sobre a caixa-preta do BNDES, como marco zero. Precisamos tirar essa nuvem negra de cima do banco", disse o executivo.
Um trabalho de promoção da transparência já vem sendo feito nos últimos anos no banco. Ainda na época do PT, o presidente Luciano Coutinho reagiu a pressões e deu acesso a informações sobre contratos de exportação de serviços de engenharia, como o Porto de Mariel, em Cuba. Tornou públicas ainda informações sobre 1.753 contratos domésticos.
Em 2016, no governo Michel Temer, o banco passou a mostrar cópias integrais dos contratos de exportação. Em 2018, começou a exibir no site mais detalhes sobre as operações. Este ano, o ex-presidente do banco Joaquim Levy apresentou de forma organizada dados sobre os maiores tomadores de recursos e apresentou em uma página informações sobre exportações, inclusive contratos inadimplentes.
Montezano garantiu que coordenará pessoalmente esse processo. Para ele, as informações de hoje são "desencontradas". Ele evitou adiantar qualquer ponto sobre essa varredura que deverá ser feita nas contas do banco e disse estar aberto a qualquer tipo de conclusão. "O que sairá disso eu prefiro não dizer agora. Nosso objetivo é ser transparente. Se, no final, alguém não ficar feliz ou contente, isso não vai nos forçar a revelar informações que não sejam consistentes", afirmou.
A segunda meta definida pelo presidente é acelerar a venda de ações de sua carteira. Esses ativos, que estão hoje dentro do braço financeiro do BNDES, o BNDESPar, somam R$ 110 bilhões. A carteira inclui ações em empresas de setores como elétrico, siderúrgico, de saneamento, de petróleo e imobiliário. Há gigantes como Vale e Petrobras.
Montenzano disse que ainda será definido se toda a carteira será vendida. A ideia é montar um cronograma para a venda das participações do banco em outras empresas. O objetivo, segundo ele, é investir em ações com impacto social, como obras de saneamento. "Boa parte dessa carteira são posições meramente especulativas. É um mero ganho financeiro sem entrega de valor para a sociedade. Deixar recurso especulativo em Bolsa de Valores não é o melhor uso do dinheiro", disse.
O executivo não informou quanto será vendido neste ano e disse não ter decidido se irá fechar o BNDESPar. "O que for puramente especulativo, operações de mercado, o que enxerga só financeiro, será vendido. O banco não está aqui para ser um especulador financeiro", acrescentou.
A terceira meta é devolver, neste ano, R$ 126 bilhões do BNDES ao Tesouro Nacional. Essa é uma das principais reivindicações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que quer usar esse dinheiro para reduzir a dívida pública. Ao todo, o BNDES ainda deve cerca de R$ 270 ao Tesouro. Montezano não quis dar prazo para todo o recurso voltar aos cofres da União.
As duas outras metas dizem respeito ao foco do banco. Montezano quer que o BNDES deixe de ser uma instituição de fomento e passe a ser um banco de serviço. O objetivo é que a instituição preste assessoria financeira para o governo federal e estados e municípios, além de prestar consultoria para programas de privatização e concessão.
Além disso, o executivo quer entregar um planejamento para o banco nos próximos três anos, com orçamento e metas operacionais. 

Nubank terá conta para pessoa jurídica

Sócios únicos serão convidados a experimentar o novo serviço

Sócios únicos serão convidados a experimentar o novo serviço


FREDY VIEIRA/ARQUIVO/JC
A fintech Nubank vai oferecer uma conta para pessoa jurídica. É a primeira vez que uma startup financeira que ganhou destaque com cartão de crédito e conta digital gerenciadas por aplicativo busca clientes no mercado corporativo. Em um primeiro momento, serão feitos testes, restritos a quem já é cliente da fintech que sejam sócios únicos, donos de pequenos negócios, empreendedores e autônomos.
Esse grupo irá testar a versão inicial da conta PJ do Nubank e enviar opiniões acerca do novo produto. Não haverá cobrança de anuidade ou qualquer tarifa nessa fase, informa a companhia. O serviço é destinado a pequenas empresas e autônomos que, segundo o Nubank, têm maior dificuldade para serem atendido nas instituições tradicionais. Segundo a fintech, a conta digital para pessoa jurídica se tornou uma demanda recorrente entre os clientes do Nubank nos últimos anos.
Em nota, Cristina Junqueira, cofundadora da empresa, disse que, como empreendedores, os sócios da empresa sentiram na pele o peso que a burocracia e as altas tarifas podem ter sobre um negócio. O Nubank lançou seu primeiro produto, um cartão de crédito sem anuidade e gerenciado por aplicativo, em 2014. Atualmente a fintech conta com 10 milhões de clientes. Em 2017, a companhia lançou uma conta digital que é usada por 7 milhões de pessoas. O Nubank já captou cerca de US$ 420 milhões (R$ 1,6 bilhão) em sete rodadas de investimento.