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Economia

- Publicada em 15 de Julho de 2019 às 03:00

Temor sobre Previdência reflete na bolsa

Bolsa 12 de julho

Bolsa 12 de julho


/BOVESPA/DIVULGAÇÃO/JC
O medo sobre um eventual adiamento para agosto da votação em segundo turno da reforma da Previdência prevaleceu sobre o humor dos investidores do mercado acionário local na semana passada. Assim, o Ibovespa encerrou o pregão perdendo na sexta-feira na marca dos 104 mil pontos e revertendo os ganhos acumulados em uma semana curta marcada por um feriado em São Paulo, mas que levou o índice à vista aos 105,8 mil no fechamento de quarta-feira.

O medo sobre um eventual adiamento para agosto da votação em segundo turno da reforma da Previdência prevaleceu sobre o humor dos investidores do mercado acionário local na semana passada. Assim, o Ibovespa encerrou o pregão perdendo na sexta-feira na marca dos 104 mil pontos e revertendo os ganhos acumulados em uma semana curta marcada por um feriado em São Paulo, mas que levou o índice à vista aos 105,8 mil no fechamento de quarta-feira.

O índice Bovespa fechou em queda de 1,18%, aos 103.905 pontos, totalizando giro de R$ 16,5 bilhões. Quase no horário do fechamento da sessão de negócios, lideranças da Câmara dos Deputados já admitiam que a votação da reforma da Previdência em segundo turno poderia ser concluída apenas no início de agosto, na volta do recesso parlamentar. Para Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos, os mercados no exterior se comportaram até melhor do que na véspera, pois imperou a visão otimista em relação a um possível corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) já na reunião de julho. "Isso limitou a queda do Ibovespa durante o dia. Mas predominou mesmo entre os investidores por aqui o olhar para o andamento da Previdência com a votação dos destaques", disse.

O mercado está mais cauteloso sobre o comportamento do Ibovespa, embora a percepção de que nesta semana (15 a 19 de julho) seja de alta para as ações ainda prevalece, com 51,85%, num universo de 27 participantes. O dólar teve nesta sexta-feira o quinto dia seguido de queda e acumulou baixa de 2,09% na semana, a maior desvalorização semanal desde maio. O dólar à vista fecha em baixa de 0,34%, a R$ 3,7382. A crescente perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos, que enfraqueceu a moeda americana no exterior, e o otimismo com o avanço da reforma da Previdência, mesmo com a demora na votação dos destaques, contribuíram para a queda. Com isso, o real foi a moeda com melhor desempenho na semana passada ante o dólar entre uma lista de 35 emergentes. Em julho, a divisa americana recua 2,7% e, no ano, perde 3,3%.

As declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, no Congresso dos EUA, praticamente confirmaram que haverá corte de juros este ano, o que fez o dólar cair tanto ante divisas fortes, como o euro, como perante emergentes. Os estrategistas do Société Générale ressaltam que a dúvida agora do mercado financeiro é se a redução será de 0,25 ponto percentual ou de 0,50. "O Fed está caminhando em direção a um ciclo de flexibilização monetária", ressaltam nesta sexta-feira.

Influenciado pela queda do dólar no exterior, a moeda americana no Brasil teve comportamento destoante de outros ativos, como o Ibovespa e os juros futuros, que mostraram mais cautela em meio à demora para votar os destaques da reforma e a possibilidade de a votação no segundo turno ficar para agosto. Já o Credit Default Swap (CDS), um termômetro do risco-país, era negociado a 127 pontos-base na tarde de sexta-feira, bem abaixo do nível que começou o mês, 150 pontos.

No câmbio, os investidores seguem otimistas com o avanço da reforma da Previdência. "No Brasil, a dinâmica da reforma parece estar se fortalecendo", afirma o estrategista de moedas do Scotiabank, Shaun Osborne, ressaltando ainda que o dólar tem se enfraquecido no exterior. Operadores reportaram entrada de fluxo externo nesta sexta-feira, em parte recursos para a oferta pública de ações da resseguradora IRB Brasil Re na semana que vem, que pode render R$ 8,5 bilhões. Os três índices acionários das bolsas de Nova Iorque registraram máximas históricas de fechamento na sexta-feira, em pregão novamente marcado pela perspectiva de um corte nos juros no fim deste mês pelo Fed. Além disso, papéis importantes dos setores de tecnologia e serviços de comunicação ganharam força à tarde, com a ação do Facebook em destaque na reta final do pregão após uma notícia envolvendo a rede social.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,90%, em 27.332,03 pontos, o Nasdaq avançou 0,59%, a 8.244,14 pontos, e o S&P 500 teve ganho de 0,46%, a 3.013,77 pontos.

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