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Economia

- Publicada em 11 de Julho de 2019 às 19:01

Dólar recua em geral com reforço de sinais 'dovish' de Powell

Com o recuo da moeda americana, o euro subiu à maior cotação ante o dólar em uma semana

Com o recuo da moeda americana, o euro subiu à maior cotação ante o dólar em uma semana


NIKLAS HALLE'N/AFP/JC
Agência Estado
O dólar se enfraqueceu ante a maioria das moedas globais nesta quinta-feira (11), após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, reiterar sua avaliação de que a economia americana sofre pressão de incertezas comerciais e declarar que a política monetária "não está tão acomodatícia" como o Fed julgava.
O dólar se enfraqueceu ante a maioria das moedas globais nesta quinta-feira (11), após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, reiterar sua avaliação de que a economia americana sofre pressão de incertezas comerciais e declarar que a política monetária "não está tão acomodatícia" como o Fed julgava.
Próximo ao horário de fechamento das bolsas de Nova York, o dólar subia para 108,47 ienes, quase estável ante a divisa japonesa, enquanto o euro avançava a US$ 1,1258 e a libra tinha ganho a US$ 1,2524. O índice DXY, que mede a força da moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas fortes, fechou em baixa de 0,05%, a 97,050 pontos.
Em depoimento ao Senado dos Estados Unidos, Powell voltou a afirmar que a incerteza causada por tensões comerciais e a desaceleração do crescimento global vêm pesando sobre a perspectiva econômica americana, o que se reflete na fraqueza de indicadores como o nível de investimentos das empresas e o desempenho do setor agrícola. As declarações reforçam as sinalizações 'dovish' dadas por ele durante sessão de ontem na Câmara dos Representantes, alimentando expectativas de um corte de juros na próxima reunião de política monetária do Fed.
Além disso, o presidente do Fed manifestou preocupação com as perspectivas para a inflação, apesar do avanço acima do esperado do índice divulgado na manhã de hoje. Citando a União Europeia e o Japão como exemplos, Powell alertou que uma inflação muito abaixo da meta é "difícil de reverter", fortalecendo o argumento para mais estímulo na política monetária.
Para os analistas Kit Juckes e Olivier Korber, do banco francês Societé Generale, existe agora um "consenso claro" de que o Fed cortará a taxa de juros em 25 pontos-base na reunião de julho, e a expectativa é de uma redução total de 75 pontos-base até o final de 2020. "As projeções econômicas resilientes dos EUA têm sustentado o dólar, e a questão agora é quando, e não se, a moeda irá cair significativamente", avaliam os especialistas.
Com o recuo da moeda americana, o euro subiu à maior cotação ante o dólar em uma semana. A divisa europeia avançou mesmo com declarações de um membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu (BCE), Benoit Coeuré, segundo as quais a entidade monetária da Europa está "levando a sério" preocupações com a inflação na zona do euro. Divulgada hoje, a ata da última reunião de política monetária do BCE registra que os dirigentes discutiram corte de juros e retomada do programa de compra de ativos para estimular a economia e aproximar a inflação da meta.
A libra, por sua vez, se aproveitou da queda do dólar para uma leve recuperação da mínima em seis meses nesta semana. O analista-sênior de mercado da Western Union, Joseph Manimbo, destaca que a moeda britânica se aproximou da mínima em dois anos nesta semana, em meio a incertezas quanto ao desempenho da economia do Reino Unido, que continua no processo de saída da União Europeia (Brexit). "O medo de um Brexit sem acordo continua a projetar uma 'nuvem negra' sobre a libra", avalia o economista.
Já o dólar canadense ainda aproveitou as altas de ontem do petróleo para manter sua alta ante o dólar americano, ampliada levemente no dia de hoje. Nesta semana, o Banco do Canadá (BoC, na sigla em inglês) revisou de 1,3% para 2,3% sua projeção de crescimento econômico no segundo trimestre de 2019, mas assinalou que o cenário global oferece riscos à economia canadense.
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