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Economia

- Publicada em 12 de Julho de 2019 às 03:00

Auditoria sobre status sanitário da aftosa fica para setembro

A auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que vai avaliar as condições sanitárias do Rio Grande do Sul para evoluir para o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação ocorrerá na primeira quinzena de setembro. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo diretor do Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e coordenador técnico da Câmara Setorial da Carne Bovina, Antônio Carlos de Quadros Ferreira Neto, durante reunião da Câmara.
A auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que vai avaliar as condições sanitárias do Rio Grande do Sul para evoluir para o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação ocorrerá na primeira quinzena de setembro. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo diretor do Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e coordenador técnico da Câmara Setorial da Carne Bovina, Antônio Carlos de Quadros Ferreira Neto, durante reunião da Câmara.
A última auditoria feita pelo Mapa ocorreu em novembro de 2017 e apontou 32 inconformidades, entre questões técnicas e administrativas. De acordo com o diretor, a maioria dos pontos avaliados naquele ano já foi solucionada ou está em vias de solução. O pedido de auditoria do Mapa no sistema de defesa sanitária animal foi formalizado pelo secretário da Agricultura, Covatti Filho, em julho.
O Rio Grande do Sul está no Grupo 5 do Ministério da Agricultura, junto com Santa Catarina (que já é zona livre de febre aftosa), Paraná (que deve ter o status definido em setembro), além de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A previsão inicial para este grupo era de ter vacinação até 2021 e reconhecimento de zona livre da doença em 2023.
Um estudo realizado no ano passado pela Seapdr sobre a circulação viral da febre aftosa constatou a inexistência do vírus no Rio Grande do Sul. E o trabalho da fiscalização do rebanho para obter esse resultado é contínuo. Só em 2018, foram fiscalizadas 18.122 propriedades rurais, totalizando 1.053.527 animais, além de 9.967 agropecuárias que vendem a vacina contra a febre aftosa.
O sistema de combate à febre aftosa desenvolvido pela Seapdr inclui, ainda, o aumento do número de médicos-veterinários oficiais (128, em 1998, e 324, em 2019), 97% das propriedades com georreferenciamento, uma legislação de defesa animal robusta, estudos sistemáticos de circulação viral e análise de risco e o resultado célere das amostras, em até 72 horas.
"Temos um trabalho de mobilizar os servidores para este importante momento que estamos vivendo. Vamos trabalhar arduamente na valorização da atividade de fiscalização agropecuária e da defesa sanitária animal", disse o presidente da Associação dos Fiscais Agropecuários do Rio Grande do Sul (Afagro), Antonio Augusto Medeiros. Ao lembrar a importância da atividade e da evolução do status sanitário para o Estado, o dirigente ressaltou que os recursos destinados à defesa animal precisam ser vistos como investimento, e não como custo.
"Defesa agropecuária é saúde, é desenvolvimento", destacou o deputado Rodrigo Lorenzoni, proponente da audiência, ressaltando que a necessidade de retirada da vacina é consenso. Entre os encaminhamentos, ficou acordado que, ao longo deste ano, será realizado um debate técnico permanente de acompanhamento e busca das condições necessárias para retirada da vacina contra febre aftosa no Estado. Também foi definido que após o resultado da auditoria do Mapa haverá uma nova audiência.
O veterinário Bernardo Todeschini, superintendente do Mapa no Rio Grande do Sul, destacou que a discussão sobre a retirada da vacina faz parte do Plano Estratégico do programa Nacional de Erradicação e Prevenção de Febre Aftosa, que prevê, entre outras medidas, a mudança de status sanitário de todo o País. Lembrou que, para o Estado ser livre da doença sem vacinação, precisa estar há 12 meses sem vacinar. Os últimos focos de febre aftosa no Rio Grande do Sul foram registrados em 2001. No Brasil, em 2005. A discussão sobre a febre aftosa também vai ocorrer na Expointer, em Esteio, no dia 30 de agosto.
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