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Economia

- Publicada em 10 de Julho de 2019 às 09:41

Inflação oficial do País fica em 0,01% em junho, diz IBGE

As quedas de preços dos alimentos e dos transportes foram os principais responsáveis por frear o IPCA

As quedas de preços dos alimentos e dos transportes foram os principais responsáveis por frear o IPCA


CLAITON DORNELLES/JC
Agência Estado
Com queda nos preços dos combustíveis e dos alimentos, a inflação recuou 0,01%, em junho, 0,12 ponto percentual abaixo do registrado em maio, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi a menor taxa de inflação desde novembro de 2018, quando a inflação fechou em queda de 0,21%.
Com queda nos preços dos combustíveis e dos alimentos, a inflação recuou 0,01%, em junho, 0,12 ponto percentual abaixo do registrado em maio, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi a menor taxa de inflação desde novembro de 2018, quando a inflação fechou em queda de 0,21%.
"É praticamente uma estabilidade", disse o economista do IBGE Fernando Gonçalves, ressaltando que foi o sexto menor índice desde 1995. Além dos impactos de gasolina e alimentos, Gonçalves diz que a situação econômica contribui para o cenário de inflação mais baixa. "As famílias estão endividadas, a reposição do mercado de trabalho vem por conta da informalidade, o que não dá segurança. Então as pessoas concentram seus gastos naquilo que é essencial: transporte, moradia e alimentação", afirmou.
Segundo o IBGE, houve deflação em sete das 16 cidades pesquisadas. Em maio, haviam sido apenas duas. A Região Metropolitana de Porto Alegre registrou variação negativa no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, a taxa de inflação oficial) de junto, com o menor índice entre as 16 regiões pesquisadas (-0,41%). O resultado da capital gaúcha foi influenciado pela queda nos preços das frutas (-14,37%) e da gasolina (-4,66%).
Foi o segundo mês seguido de desaceleração, após um início de ano com o IPCA pressionado justamente por combustíveis e alimentos. Em junho, os grupos alimentação e bebidas e transportes tiveram deflação de 0,25% e 0,31%.
Os alimentos caíram pelo segundo mês consecutivo - em maio, o recuo foi de 0,56% - puxados por menores preços de frutas (-6,14%) e feijão-carioca (-14,80%). Gonçalves diz que a queda é fruto da maior oferta dos produtos durante a safra. No início do ano, o feijão era um dos vilões da inflação.
A deflação do grupo transportes foi provocada por queda de 2,41% no preço dos combustíveis, com destaque para a gasolina (-2,04%), que teve a maior contribuição individual para a desaceleração da inflação em junho. Desde meados de maio, a Petrobras cortou os preços do combustível em suas refinarias quatro vezes, acompanhando a queda das cotações internacionais do petróleo.
Já o grupo saúde e cuidados pessoais teve a maior contribuição positiva, de 0,08 ponto percentual, com alta de 0,64% no mês, devido a aumento de 1,5% no item higiene pessoal - provavelmente provocada por alta do câmbio e reposição de produtos após o Dia das Mães, disse Gonçalves.
A inflação dos serviços subiu para 0,34%, ante queda de 0,11% no mês anterior, puxada pela alta de 18,90% no preço das passagens aéreas, com impactos de início das férias e Copa América.
Em 12 meses, o IPCA ficou em 3,37%, abaixo dos 4,66% do mês anterior e menor taxa desde maio de 2018. A meta do Banco Central para dezembro é 4,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
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