A OIT (Organização Internacional do Trabalho) adotou, na sexta-feira, o primeiro tratado internacional sobre violência e assédio no trabalho, incluindo o princípio de sanções. O texto era bastante esperado, sobretudo, desde o lançamento do movimento #MeToo, que denuncia o assédio a mulheres.
A convenção foi adotada por esmagadora maioria na reunião anual da OIT, que reúne representantes de governos, empregadores e sindicatos de 187 países. Todos, com exceção de seis governos, votaram a favor do pacto, com a Rússia, Singapura, El Salvador, Malásia, Paraguai e Quirguistão se abstendo. Representantes de empregadores da Malásia e diversos países latino-americanos votaram contra.
Para que o texto se torne vinculante, agora cabe aos países ratificá-lo. A convenção entrará em vigor um ano após a ratificação de pelo menos dois governos.