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Economia

- Publicada em 20 de Junho de 2019 às 21:37

Colheita do pinhão deve chegar a 400 toneladas

Maioria dos agricultores ainda não utiliza a semente como fonte de renda

Maioria dos agricultores ainda não utiliza a semente como fonte de renda


VITOR PAMPLONA VIA VISUALHUNT /DIVULGAÇÃO/JC
A produção de pinhão no Rio Grande do Sul deve chegar a 400 toneladas nesta safra, volume 50% menor do que no ano passado, conforme levantamento da Emater, conveniada da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). Os principais motivos para a redução, de acordo com a Emater, foi o clima em 2017.
A produção de pinhão no Rio Grande do Sul deve chegar a 400 toneladas nesta safra, volume 50% menor do que no ano passado, conforme levantamento da Emater, conveniada da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). Os principais motivos para a redução, de acordo com a Emater, foi o clima em 2017.
A produção da semente sofreu impactos decorrentes da distribuição pluviométrica, com excesso de chuva, estiagem e geadas fora de época. A colheita se estenderá até o final deste mês, de acordo com portaria publicada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), que regulamenta a atividade.
São Francisco de Paula, que conta com a maior área de araucárias do Estado, deve colher 60 toneladas, uma quebra de 150% em relação ao ano passado, quando se chegou a 150 toneladas. A agricultora Marley Zambelli cultiva milho e cria pequenos animais, como porcos e galinhas, durante o ano, mas, nesta época, se dedica totalmente à colheita e ao beneficiamento do pinhão. "Neste ano, a produção foi baixa, mas, nos outros, quando a safra é maior, dá uma renda boa. Defendemos o ano com a colheita do pinhão", conta.
Marley aguarda a liberação de R$ 39.996,00 do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper) para investir na Agroindústria Recanto das Araucárias. Com a liberação do dinheiro e a compra dos equipamentos, como mesas, tanque, fogão, máquina de moer e descascar o pinhão, parte do beneficiamento passará a ser feito de forma mecanizada, e não mais manual, como realizado até hoje.
A agricultora vende in natura o pinhão que colhe diariamente e também produz bolos, paçoca, farinha, pastéis e croquetes. O ponto alto da comercialização é a Festa do Pinhão de São Francisco de Paula, organizada pela prefeitura. Neste ano, o evento ocorreu em apenas um fim de semana, entre 7 e 9 de junho, recebendo em torno de 20 mil visitantes.
Foram distribuídas gratuitamente 2,5 toneladas de pinhão. A comercialização da agricultura familiar chegou a R$ 25 mil, e a movimentação na cidade, incluindo hotéis, restaurantes e comércio, entre outras atividades, chegou a R$ 3 milhões. "Esse retorno financeiro dá muita credibilidade para a festa, que, no ano que vem, estará melhor ainda", afirma Rafael Castello Costa, secretário de Cultura, Turismo e Desporto de São Francisco de Paula.
O produtor Claiton Boff, do distrito de Samambaia, participa da festa há 12 anos. Para ele, o pinhão é uma das principais fontes de renda do inverno. "Hoje, o quilo do pinhão custa R$ 10,00, e qualquer punhado de pinhão dá um quilo", conta. No comércio, o valor pago varia entre R$ 10,00 e R$ 12,00 o quilo. Para o extrativista, o preço pago pelo quilo varia entre R$ 7,00 e R$ 9,00.
A extensionista rural social da Emater Sandra de Moraes Silva afirma que a maioria dos produtores ainda não utiliza a semente como fonte de renda. Apenas 95 famílias das 1.050 envolvidas com agricultura familiar em São Francisco de Paula utilizam o pinhão para este fim. E esse número pode ser muito maior.
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