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Economia

- Publicada em 14 de Junho de 2019 às 18:16

Ibovespa cai com cautela após críticas de Guedes a relatório da Previdência

Setor financeiro apresentou queda com Banco do Brasil ON (-1,77%), Bradesco ON (-1,36%) e B3 ON  (-5,32%)

Setor financeiro apresentou queda com Banco do Brasil ON (-1,77%), Bradesco ON (-1,36%) e B3 ON (-5,32%)


SUAMY BEYDOUN /AGIF/FOLHAPRESS/JC
Agência Estado
A explícita insatisfação do ministro Paulo Guedes (Economia) com o relatório da reforma da Previdência reacendeu os temores de desentendimentos entre Executivo e Legislativo e o mercado de ações trocou o otimismo pela prudência. As críticas do ministro foram rebatidas no mesmo tom pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O deputado afirmou não ter compromisso com o governo - que chamou de "usina de crises" - mas garantiu que a reforma será votada na Câmara antes do recesso parlamentar. Em meio à troca de farpas, o Índice Bovespa terminou o dia em queda de 0,74%, aos 98.040,06 pontos. Com esse resultado, encerrou a semana com alta de 0,22%.
A explícita insatisfação do ministro Paulo Guedes (Economia) com o relatório da reforma da Previdência reacendeu os temores de desentendimentos entre Executivo e Legislativo e o mercado de ações trocou o otimismo pela prudência. As críticas do ministro foram rebatidas no mesmo tom pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O deputado afirmou não ter compromisso com o governo - que chamou de "usina de crises" - mas garantiu que a reforma será votada na Câmara antes do recesso parlamentar. Em meio à troca de farpas, o Índice Bovespa terminou o dia em queda de 0,74%, aos 98.040,06 pontos. Com esse resultado, encerrou a semana com alta de 0,22%.
O cenário internacional também não ajudou. Indicadores econômicos chineses frustraram expectativas e houve tensão com a relação entre Estados Unidos e Irã, acusado por Washington de ser o responsável pelo ataque a dois navios petroleiros na véspera. No âmbito macroeconômico doméstico, o IBC-Br de abril abaixo do piso das estimativas trouxe desânimo para as ações, com analistas já à espera de redução das estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) na próxima edição do Boletim Focus.
"O receio do mercado se dá porque as críticas de Paulo Guedes chegam em um momento em que o processo de tramitação não está nem na metade. O mercado vinha precificando a aprovação, mas não há nada de concreto ainda. Com o cenário externo negativo e as críticas do ministro, não havia motivo para o Ibovespa se sustentar no patamar próximo dos 99 mil pontos", disse Victor Beyruti, da área de análise da Guide Investimentos.
Entre as ações do Ibovespa, as quedas mais expressivas ficaram novamente com as do setor financeiro, que reagem à proposta de restabelecimento da alíquota de 20% na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para os bancos. A elevação de imposto no relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) foi um dos pontos mais atacados por Paulo Guedes. "Isso aí (o valor de R$ 913,4 bilhões anunciado) estão pegando imposto, botando imposto sobre banco. Isso é política tributária. Estão buscando dinheiro de PIS/Pasep, mexendo em fundos. Estão botando a mão no dinheiro do bolso dos outros", afirmou Guedes, ao deixar evento no Consulado-Geral da Itália.
Ao final dos negócios, Banco do Brasil ON teve queda de 1,77%, Bradesco ON perdeu 1,36% e B3 ON recuou 5,32%. Já Itaú Unibanco PN recuperou-se ligeiramente e terminou o dia praticamente estável (+0,03%). Já as ações da Petrobras seguiram caminhos distintos, em dia de alta do petróleo no mercado internacional. As ações ordinárias da estatal, preferida por investidores estrangeiros, tiveram alta de 0,94%. Já as preferenciais, que concentram maior liquidez, recuaram 0,44%. Vale ON caiu 0,87%, alinhada aos dados negativos da China.
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