Após mudanças negociadas com partidos do centro na Câmara, a economia nos gastos públicos com a reforma da Previdência caiu para R$ 915 bilhões em dez anos, informou nesta quinta-feira (13) o relator da proposta, Samuel Moreira (PSDB-SP).
A versão original da reforma, enviada pelo presidente Jair Bolsonaro em fevereiro, previa uma economia de R$ 1,2 trilhão em uma década.
O ministro Paulo Guedes (Economia) tinha como meta uma economia de R$ 1 trilhão. Moreira também trabalhava com esse objetivo, mas teve que ceder em vários pontos para conseguir o apoio de diferentes bancadas da Câmara.
Para tentar compensar essas perdas, o relator quer ainda usar recursos do PIS/Pasep para elevar as receitas da Previdência Social em R$ 217 bilhões. Esse dinheiro, atualmente, é direcionado ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).
O relatório será oficialmente apresentado à comissão especial da reforma da Previdência nesta quinta. Após a leitura do parecer, será dado um prazo para que deputados analisem o texto. Assim, a discussão sobre o relatório deve começar na próxima semana.
Não há data marcada para a votação na comissão especial nem no plenário. Mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quer aprovar a proposta no plenário até o recesso de julho.