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Agronegócios

- Publicada em 11 de Junho de 2019 às 21:29

Safra de grãos 2019 deve fechar com novo recorde

Área cultivada total chegou a 62,91 milhões de hectares no Brasil

Área cultivada total chegou a 62,91 milhões de hectares no Brasil


/VANESSA ALMEIDA DE MORAES/EMATER/JC
A produção brasileira de grãos 2018/2019 deve atingir 238,9 milhões de toneladas, o que corresponde a um crescimento de 4,9%, ou 11,2 milhões de toneladas, em comparação com a safra de 2017/2018 (227,68 milhões de toneladas). Os dados fazem parte do 9º Levantamento da Safra de Grãos 2018/2019 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado ontem. Se confirmado, o resultado representa um novo recorde, superando em cerca de 100 mil toneladas a safra 2016/2017, que foi de 238,8 milhões de toneladas.
A produção brasileira de grãos 2018/2019 deve atingir 238,9 milhões de toneladas, o que corresponde a um crescimento de 4,9%, ou 11,2 milhões de toneladas, em comparação com a safra de 2017/2018 (227,68 milhões de toneladas). Os dados fazem parte do 9º Levantamento da Safra de Grãos 2018/2019 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado ontem. Se confirmado, o resultado representa um novo recorde, superando em cerca de 100 mil toneladas a safra 2016/2017, que foi de 238,8 milhões de toneladas.
A soja, principal produto cultivado pelo País, deve alcançar volume de 114,8 milhões de toneladas, 3,7% a menos do que a safra 2017/2018 (119,28 milhões de toneladas). Deste total, 78% da cultura é semeada nas regiões Centro-Oeste e Sul, informa a Conab. Houve um crescimento de 1,9% na área de plantio.
A produção do milho primeira safra está estimada em 26,33 milhões de toneladas, representando queda de 1,8% em comparação com o período anterior. Segundo a Conab, o destaque é a Região Sul, que representa mais de 45% desse total. Houve uma redução de 2% na área cultivada para esta cultura, especialmente em Minas Gerais, Maranhão e no Piauí. Já o milho segunda safra teve um aumento de 31,1% na produção, impulsionado principalmente pelos incrementos esperados em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. A segunda safra de milho está projetada em 70,68 milhões de toneladas. A área cultivada também alcançou um acréscimo de 6,9%, em comparação 2017/2018.
A produção de arroz está prevista em 10,51 milhões de toneladas, 12,9% menor que a safra passada, principalmente em razão das reduções ocorridas nos estados produtores de destaque, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso e Tocantins. A área plantada total na safra 2018/2019 deve ficar em 62,91 milhões de hectares, representando crescimento de 1,9%, em relação à safra anterior. Os maiores aumentos de área identificados são de soja, 672,8 mil hectares, milho segunda safra, 795,3 mil hectares e algodão, 425 mil hectares.
 

Quebra no feijão preto deve elevar preços no Estado

Entre dezembro de 2018 e maio de 2019 o valor do quilo variou 24,65%

Entre dezembro de 2018 e maio de 2019 o valor do quilo variou 24,65%


/ELZA FIÚZA/ABR/JC
Encerradas as colheitas das safras de verão, cujos dados consolidados foram divulgados pela Conab, a surpresa no Estado é a quebra na safra de feijão, com redução de 11,7% na produção total. Com dificuldades durante a colheita devido ao excesso de umidade em regiões produtoras, como em Canguçu e nas regiões Noroeste e Nordeste, de acordo com o engenheiro agrônomo e assistente da superintendência regional da Conab, Carlos Bestetti, a produção gaúcha deve ter queda de 12,6 mil toneladas, passando de 107,6 mil em 2018 para 95 mil em 2019.
De acordo com levantamento de preços praticados no varejo da Capital, feito pelo Núcleo de Pesquisa Econômica Aplicada (NPEA) do Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas (Iepe/Ufrgs), entre dezembro de 2018 e maio de 2019 o preço do quilo do feijão saltou 24,65%, de R$ 4,90 para R$ 6,11. A maior perda no Estado foi registrada na segunda safra do grão, quando a queda em relação a 2018 chegou a 14,4%. Na primeira safra, a retração foi de 10,5%. Apesar de ter pouca representatividade na safra total de grãos do Estado (menos de 3% do total colhido), a quebra tem impacto direto no bolso do consumidor. Bestetti explica que como o Rio Grande do Sul é praticamente autossuficiente e consome tudo o que produz, os preços devem subir no varejo.
"O feijão ainda tem a característica de não poder ficar muito tempo armazenado. No máximo em seis meses começa a perder qualidade. Também por isso deve ter o preço elevado para o consumidor", explica o engenheiro agrônomo.
Com as safras de milho e soja sem alterações em relação aos dados divulgados em maio (com altas de 19,5% e 11,9% na produção, respectivamente), entre as principais culturas de verão a única alteração no levantamento de junho ante maio foi no arroz. A queda na produtividade que em maio era de 4,9% caiu ainda mais em junho, para 5,5%. Com isso, a produção total do Estado deve finalizar em 7,418 milhões de toneladas, queda de 12,2% sobre o ciclo 2017/2018.
Agora, as atenções se voltam às culturas de inverno. Uma das safras que deve se destacar é a de cevada, estimulada pelo mercado de cervejas artesanais, segundo Bestetti. Além do mercado da bebida, o cereal tem boa liquidez também no mercado da pecuária. "A cevada está em voga devido às muitas cervejarias artesanais criadas no Estado. E mesmo se o cultivo não der mais de 95% de germinação, como é o ideal, o grão ainda vai para ração animal com bom preço devido ao alto valor nutritivo", ressalta.