Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 10 de Junho de 2019 às 03:00

G-20 avança na mudança de projetos de infraestrutura

O grupo das 20 maiores economias do mundo - G-20 - deu mais um passo em sua reunião financeira neste fim de semana em direção ao plano de transformar projetos de infraestrutura em classe de ativos. Na prática, a intenção é fazer as fontes de recursos serem mais pulverizadas, incluindo o mercado de capitais, alavancar os investimentos de instituições financeiras multilaterais, que poderão diversificar sua atuação, e diluir os riscos. O andamento dessa proposta é visto com bons olhos pelo governo brasileiro, que tem a ampliação da infraestrutura doméstica como um de seus campos de atuação.
O grupo das 20 maiores economias do mundo - G-20 - deu mais um passo em sua reunião financeira neste fim de semana em direção ao plano de transformar projetos de infraestrutura em classe de ativos. Na prática, a intenção é fazer as fontes de recursos serem mais pulverizadas, incluindo o mercado de capitais, alavancar os investimentos de instituições financeiras multilaterais, que poderão diversificar sua atuação, e diluir os riscos. O andamento dessa proposta é visto com bons olhos pelo governo brasileiro, que tem a ampliação da infraestrutura doméstica como um de seus campos de atuação.
"A iniciativa do G-20 reforça a prioridade brasileira de alavancar investimentos em infraestrutura com recursos privados", comemorou o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Erivaldo Gomes. "Dados os limites fiscais que temos, precisamos colocar o setor privado no setor de infraestrutura no Brasil", acrescentou ele a jornalistas brasileiros no intervalo das reuniões em Fukuoka. O pontapé da iniciativa foi dado na edição anterior, na Argentina, e, durante os dois dias de reunião no Japão, os anfitriões bateram forte no ponto de que é preciso apresentar produtos de qualidades para "colocar na prateleira".
Com a abundância da liquidez no mercado internacional, tanto os investidores têm interesse em diversificar suas aplicações quanto os países enxergam a oportunidade de buscar esses recursos para recompor ou ampliar suas malhas domésticas. O consenso, no entanto, é o de que faltam projetos de qualidade no mercado. Isso significa que os esboços devem incluir, além das questões técnicas, itens de governança, transparência, ambientais e sociais, entre outros.
Esses pontos foram discriminados em um documento acordado neste domingo por meio de divisões como "Maximização do impacto positivo da infraestrutura para alcançar o desenvolvimento e o crescimento sustentável" e "Melhora da eficiência econômica levando em conta o ciclo de vida do projeto", entre outros. Na questão da resiliência, que inclui "desastres naturais e outros riscos", após as tragédias ocorridas no Brasil, o País enfatizou a necessidade de especificar que esses outros riscos abarcariam os que fossem "inclusive humanos".
Os presidentes de bancos centrais e ministros de Finanças do G-20 estão de olho na movimentação atual feita por grandes fundos soberanos, de pensão e seguradoras que circulariam todos os anos a gigantesca cifra de US$ 100 trilhões. Ao levar os planos para o setor privado, tradicionais investidores, como bancos multilaterais, dariam a espécie de aval aos projetos, mas, em vez de financiarem 50% ou 60% de seu valor total, ajudariam com cotas bem menores, alavancando seus recursos e, ao mesmo tempo, ampliando a atuação em mais áreas. "O que se falou aqui é passar da escala dos bilhões para trilhões de dólares", relatou o secretário.
Os ministros de Finanças dos 20 países manifestaram, ainda, que o crescimento econômico global previsto neste ano e em 2020 está ameaçado por tensões comerciais, principalmente entre China e Estados Unidos, afirma documento elaborado pela cúpula do G-20. "O crescimento mundial parece estabilizado e tem sido geralmente projetado para crescer moderadamente no fim deste ano e em 2020", informou o comunicado do G-20.
Os ministros de Finanças e os presidentes dos Bancos Centrais discutiram também a necessidade de estabelecer um mecanismo de cobrança de impostos sobre serviços oferecidos pelas gigantes da internet, como Apple, Amazon, Facebook e Google. Para isso, o G-20 financeiro encarregou a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) de estabelecer um sistema global de impostos para as grandes empresas de internet, que costumam ser criticadas por suas práticas de "otimização fiscal". "Temos que nos apressar", defendeu o ministro francês de Finanças, Bruno LeMaire, em uma conferência sobre tributação internacional.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO