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Economia

- Publicada em 03 de Junho de 2019 às 03:00

Ouro supera os ganhos da bolsa em maio

O ouro voltou a ocupar o topo do pódio dos investimentos em maio, à frente do Ibovespa, principal índice de ações do País. A commodity, uma opção de investimento normalmente conservadora, acumulou valorização de 1,36% no mês, enquanto o índice da B3, a bolsa de São Paulo, subiu apenas 0,70%, segundo o ranking formulado pelo administrador de investimentos Fabio Colombo. O último mês em que o ouro roubou a cena foi dezembro do ano passado.
O ouro voltou a ocupar o topo do pódio dos investimentos em maio, à frente do Ibovespa, principal índice de ações do País. A commodity, uma opção de investimento normalmente conservadora, acumulou valorização de 1,36% no mês, enquanto o índice da B3, a bolsa de São Paulo, subiu apenas 0,70%, segundo o ranking formulado pelo administrador de investimentos Fabio Colombo. O último mês em que o ouro roubou a cena foi dezembro do ano passado.
No acumulado do ano, contudo, o Ibovespa mantém a liderança e registra valorização de 10,40%, bem acima da alta de 3,79% do ouro. Já na última sessão, na sexta-feira (31), o Ibovespa sucumbiu diante do mau humor nas bolsas de Nova Iorque e terminou o dia aos 97.030 pontos, em baixa de 0,44%. Mesmo assim, o Ibovespa escapou da "maldição de maio" ao encerrar o mês com alta de 0,70%. Um resultado positivo em maio não acontecia desde 2009 ( 12,49%).
A cotação do ouro à vista negociado na B3 está atrelada à variação do dólar, explica Colombo. Mas, como a moeda americana se manteve praticamente estável no mês, com leve alta de 0,11%, desta vez foi de fato a maior demanda que impulsionou o ativo. "O ouro é um refúgio. A preocupação com a desaceleração da economia mundial e com a guerra comercial entre Estados Unidos e China levaram a essa alta", afirma ele, se referindo às expectativas de um acordo entre as potências, que foram por água abaixo quando o presidente Donald Trump anunciou, no início de maio, o aumento das tarifas sobre produtos chineses.
Colombo acrescenta que, no cenário interno, as incertezas em relação à reforma da Previdência pesaram sobre as ações, sobretudo em meio aos protestos contra os cortes de verbas do Ministério da Educação.
Dois outros fatores, ambos envolvendo os americanos, vêm contribuindo para a busca do ouro, destaca Fernando Friedman, do Banco do Ourinvest: as sanções contra o Irã e, mais recentemente, a imposição de tarifas às importações do México. "As pessoas procuram um porto seguro para o dinheiro diante de medidas como essas, que trazem volatilidade e receio de retaliações", diz.
A previsão de queda dos juros em grandes economias, aponta Ricardo Kazan, sócio da Novus Capital, é outro elemento que impulsiona a commodity. Quanto maiores os juros, maior o custo de oportunidade para quem investe em ouro. "Quando os juros caem, como está acontecendo pela piora da atividade global, sem inflação, a tendência do ouro é subir", afirma.
Para as pessoas físicas, o investimento em ouro pode fazer sentido, diz Kazan, sendo utilizado geralmente como um componente de proteção das carteiras. Mas explorar as oscilações para lucrar não é recomendável para amadores.
Sandra Blanco, consultora de investimentos da corretora Órama, explica que a boa performance do ouro não pode ser vista como oportunidade imediata de investimento. "Até porque, dessa maneira ele já chegaria atrasado, comprando em alta." Ela destaca que o ativo vale mais como proteção contra riscos internacionais, logo, não vale correr para ele por inseguranças domésticas, relacionadas a incertezas políticas, por exemplo.
Para Sandra, o ouro pode ser considerado um investimento mais sofisticado, que compõe carteiras de investimentos de quem tem montantes maiores. "São poucas negociações na bolsa. Funciona para quem já tem um portfólio mais elaborado e não é uma boa solução para quem está começando a investir", recomenda.
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