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Economia

- Publicada em 30 de Maio de 2019 às 09:24

PIB recua 0,2% no 1° trimestre e mostra economia estagnada

Número negativo é o primeiro resultado no vermelho após dois anos

Número negativo é o primeiro resultado no vermelho após dois anos


FREDY VIEIRA/ARQUIVO/JC
Os primeiros três meses do governo do presidente Jair Bolsonaro foram marcados pela economia estagnada. O IBGE informou nesta quinta-feira (30) que o PIB contraiu 0,2% de janeiro a março, ante o 4º trimestre de 2018, confirmando o quadro de letargia que vem sendo descrito por economistas.
Os primeiros três meses do governo do presidente Jair Bolsonaro foram marcados pela economia estagnada. O IBGE informou nesta quinta-feira (30) que o PIB contraiu 0,2% de janeiro a março, ante o 4º trimestre de 2018, confirmando o quadro de letargia que vem sendo descrito por economistas.
O número negativo é um mau sinal, pois se trata do primeiro resultado no vermelho após dois anos (oito trimestres) seguidos de recuperação da atividade, ainda que com desempenho fraco. O PIB crescera 1,1% em 2017 e em 2018, após mergulhar 7,6% em 2015 e 2016.

Investimentos caem pelo segundo trimestre consecutivo; indústria também recua

O investimento na economia brasileira caiu pelo segundo trimestre consecutivo, em um sinal de que os empresários ainda não estão confiantes para tirar o pé do freio e voltar a apostar em crescimento de seus negócios.
Os dados do PIB divulgados nesta quinta (30) mostram que os investimentos tiveram queda de 1,7% no primeiro trimestre de 2019 frente ao trimestre anterior. No quarto trimestre de 2018, o indicador havia caído 2,5%.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2018, o investimento cresceu 0,9%, informou nesta quinta o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em quatro trimestres, acumula alta de 3,7%.
Para economistas, o baixo investimento nos últimos trimestres reflete as incertezas com relação à retomada do crescimento e à aprovação de reformas para equilibrar a situação fiscal do país. Sem dinheiro em caixa, governo federal, estados e municípios também têm investido menos.
O cenário levou a FGV/Ibre (Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas) a reduzir, na semana passada, suas expectativas de crescimento dos investimentos durante 2019 de 3,8% para 2,3%.
A projeção, divulgada no Boletim Macro da entidade, considera a contabilização de importações de plataformas de petróleo realizadas no ano passado. Sem elas, o crescimento do investimento seria de 1,4% no ano, diz o boletim.
"Como podemos pensar em crescimento econômico sem investimento?", questionam no documento os economistas Armando Castelar e Silvia Matos. Em março, o Banco Central também reduziu sua projeção de crescimento dos investimentos em 2019, passando de 4,4% para 4,3%.
Com impactos da fraca demanda interna, de restrições à produção de minério de ferro e da crise da Argentina -um dos principais parceiros comerciais do Brasil-a indústria fechou o primeiro trimestre em queda de 0,7% frente aos últimos três meses de 2018.
O mau desempenho foi puxado pela indústria extrativa (-6,3%), impactada pela suspensão de operações da Vale após o rompimento da barragem de Brumadinho (MG). A construção civil caiu 2%, no segundo trimestre seguido de baixa. A indústria de transformação recuou 0,5%.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2018, a indústria caiu 1,1%. A indústria extrativa caiu 3%, a construção caiu 2,2%, e a indústria de transformação, 1,7%. Foi o vigésimo trimestre seguido de queda na construção nessa base de comparação.
Em sua última projeção, o Banco Central reduziu a expectativa de crescimento da indústria em 2019 de 2,9% para 1,8%, com recuos nas perspectivas das indústrias de transformação e extrativa.
Folhapress
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