O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou a criação da comissão que irá analisar a reforma da Previdência dos servidores das Forças Armadas e dos policiais militares. São 34 vagas de membros titulares.
A presidência do colegiado deve ficar com o MDB. O relator da proposta deve ser o deputado Vinícius Carvalho (PRB-SP). Essas escolhas, contudo, devem ser feitas apenas na próxima semana, quando a comissão deve ser instalada. Primeiro, os partidos precisam indicar os membros.
Para manter o discurso de que o governo quer endurecer as regras de aposentadorias para todos, o presidente Jair Bolsonaro enviou uma proposta para elevar, de 30 para 35 anos, o tempo mínimo de atividade militar; subir as alíquotas previdenciárias e passar a tributar as pensões.
No entanto, Bolsonaro prevê, no projeto, aumento de salários e reestruturação das carreiras. Assim, em 10 anos, o governo deve economizar R$ 10,45 bilhões com a reforma da Previdência dos militares. Isso é resultado de um corte de R$ 97,3 bilhões nos gastos previdenciários com as Forças Armadas e de um aumento de despesa de R$ 86,85 bilhões com as benesses concedidas.