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Gestão

- Publicada em 28 de Maio de 2019 às 21:54

Hang chama o empresariado para a política

Hang defendeu agilidade nas reformas e redução da máquina pública

Hang defendeu agilidade nas reformas e redução da máquina pública


/DANI VILLAR/DIVULGAÇÃO/JC
Vestido de verde e amarelo para homenagear os "brasileiros patriotas" que saíram às ruas no último domingo, o presidente da rede Havan, Luciano Hang, palestrou para um auditório lotado, ontem pela manhã, no Teatro do Sesi. Na plateia estavam empreendedores do comércio, estudantes e lojistas gaúchos, além de autoridades, que foram prestigiar a abertura da 7ª Feira Brasileira do Varejo (FBV), promovida pelo Sindilojas-Porto Alegre.
Vestido de verde e amarelo para homenagear os "brasileiros patriotas" que saíram às ruas no último domingo, o presidente da rede Havan, Luciano Hang, palestrou para um auditório lotado, ontem pela manhã, no Teatro do Sesi. Na plateia estavam empreendedores do comércio, estudantes e lojistas gaúchos, além de autoridades, que foram prestigiar a abertura da 7ª Feira Brasileira do Varejo (FBV), promovida pelo Sindilojas-Porto Alegre.
Com o tema "Coragem para Mudar. O Brasil precisa de nós", Hang afirmou que o empresariado esteve à margem da política (brasileira) nos últimos anos, e que isso não pode mais acontecer: "Precisamos ser ativistas políticos, ou até mesmo candidatos, porque a maioria das pessoas que chega ao governo nunca teve um negócio na vida", provocou.
Atração principal do primeiro dia do 7º Congresso Brasileiro do Varejo (evento paralelo à Feira), Hang falou principalmente sobre empreendedorismo e gestão de marca. "Trabalhar 24 horas, acreditar em ideias doidas, ser original e não seguir a manada" são os ingredientes da receita de sucesso da Havan, destacou. "Quem quer empreender, precisa sair para fora da casinha` - e não adianta ter uma boa ideia, é preciso ter coragem para executar, coragem para mudar", discursou.
Nascido disléxico, Hang opinou ainda que "educação é fundamental para a compreensão do mundo". Acumulando no currículo diversos reconhecimentos como líder empresarial, o presidente da Havan frisou que qualquer gestor precisa, basicamente entende o que está fazendo. Mas, para fazer a diferença na gestão de um negócio é preciso ser um "inconformado", continuou ele. "A Havan é uma turma de maluco correndo atrás de um doido, um anormal", comparou Hang, ao afirmar que é preciso mesmo ser "anormal" para ter coragem de executar ideias diferentes do lugar comum. Complementou a fala destacando que acredita, inclusive, que "os empresários têm capacidade de mudar o mundo".
Na lista das maiores redes varejistas do Brasil, a marca faturou R$ 7 bilhões em 2018 e possui 124 unidades no País - uma destas recentemente inaugurada em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. "Eu tenho orgulho de dizer que nasci pobre e comecei a trabalhar com 17 anos, para lembrar que não importa a sua origem, o que importa é a força de vontade e a certeza de que tudo é possível." Ao destacar que aposta que o faturamento da Havan alcance a marca de R$ 12 bilhões no final deste ano, Hang falou sobre seu carinho pelo Rio Grande do Sul e que a meta é contabilizar 10 unidades gaúchas da Havan até dezembro. Para os próximos anos, o plano é chegar a 200 filiais em todo o território nacional.
"Precisamos acabar com a burocracia e fazer as reformas tributária, administrativa e da previdência", defendeu. Hang ainda enalteceu o liberalismo econômico, o conservadorismo nos costumes e a redução da máquina pública. "Quando todos dependem da gestão pública, viram cães adestrados, que só ganham comida quando o chefe quer." Ao avaliar que o País "vive uma das maiores crises morais, econômicas e culturais de sua história", o palestrante sublinhou que o Brasil "é um dos países mais caros do mundo, e a máquina pública consome todos os recursos da população em tributos". Lembrou, no entanto, que o atual governo já estuda a possibilidade de um imposto único, possibilitando que a roda da fortuna volte a andar para a frente."

Evento do Sindilojas segue até quinta-feira na Fiergs

Antes de comprar e vender, é preciso qualificação, afirmou Kruse

Antes de comprar e vender, é preciso qualificação, afirmou Kruse


/DANI VILLAR/DIVULGAÇÃO/JC
Promovido há sete anos pelo Sindilojas-Porto Alegre, em paralelo à FBV, o 7º Congresso Brasileiro de Varejo reunirá até o dia 30 de maio, outros 29 nomes do setor nacional, para debaterem O Varejo em Tempo Real. A visitação é gratuita mediante inscrição no local (Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre) e doação de um agasalho para as campanhas apoiadas pela entidade.
A solenidade de abertura, ocorrida na manhã de ontem, contou com a presença do vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior, da vice-presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Zilá Breitenbach; e do prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior; além de secretários estaduais e municipais, prefeitos, vereadores, representantes de entidades parceiras, empresários e lojistas. No evento, ainda foram lançados o novo posicionamento de marca do Sindilojas Porto Alegre e do aplicativo de marketplace Poupei, um canal de vendas e relacionamento que utiliza tecnologia de geolocalização para facilitar a rotina de lojistas e consumidores.
Ao dar as boas-vindas ao público, o presidente da FBV, Ronaldo Sielichow, ressaltou a relevância da feira como espaço de desenvolvimento, de inovação e de troca de conhecimento. "Ser empresário não é só falar sobre comprar e vender, precisamos entender que existe um caminho no meio, que é a qualificação", concordou o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse. Já o idealizador do RS Moda, Silvio Colombo, presidente do Sindicato das Indústrias de Vestuário do Rio Grande do Sul (Sivergs), destacou o trabalho conjunto dos sindicatos para oferecer uma ação em prol do desenvolvimento econômico.
"É um prazer receber um evento tão importante na casa da indústria", disse o vice-presidente da Fiergs, Gilberto Ribeiro, ao enfatizar que "a moda se consolidou como importante fator na economia brasileira". "A FBV nos desafia a pensar na evolução e no futuro dos negócios, o que é fundamental para o varejo, um setor pujante da economia, que cresce a cada ano", justificou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.