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Economia

- Publicada em 27 de Maio de 2019 às 03:00

Mourão adota abordagem pragmática em visita à China

Vice-presidente brasileiro se reuniu com líder chinês, Xi Jinping

Vice-presidente brasileiro se reuniu com líder chinês, Xi Jinping


/ADNILTON FARIAS/VPR/JC
O vice-presidente Hamilton Mourão encerrou, na sexta-feira, sua visita oficial à China após encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim.
O vice-presidente Hamilton Mourão encerrou, na sexta-feira, sua visita oficial à China após encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim.
Para Mourão, o líder chinês afirmou que os dois países devem considerar um ao outro como uma oportunidade para o desenvolvimento e como parceiros. Xi recebeu Mourão no Grande Salão do Povo e disse que o relacionamento entre os dois países está em um "momento crucial".
"Os dois lados devem continuar discutindo com firmeza as oportunidades e os parceiros um do outro para o seu próprio desenvolvimento, respeitando-se, confiando um no outro, apoiando-se mutuamente e construindo as relações China-Brasil como modelo de solidariedade e cooperação entre os países em desenvolvimento", afirmou.
Ao contrário de Bolsonaro, que criticou o papel da China na economia brasileira durante a campanha presidencial, Mourão tem escolhido uma abordagem mais pragmática em relação ao principal parceiro comercial do Brasil.
O vice-presidente chegou ao país asiático na segunda-feira passada e afirmou que o Brasil estuda uma eventual adesão à Nova Rota da Seda, iniciativa bilionária do governo Xi Jinping para interligar portos, ferrovias, estradas, aeroportos e telecomunicações com o objetivo de agilizar o comércio chinês com o resto do mundo.
Mourão disse que projetos chineses ligados à iniciativa poderão ser realizados no Brasil por meio do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos).
Na terça-feira passada, em entrevista a uma rede de TV estatal chinesa, o general disse que o Brasil deve "agregar valor" no que é exportado à China.
"O Brasil não pode ser só uma loja que a China vai e compra itens. Tem que ser mais do que isso. As coisas que vêm do Brasil têm que ter o mesmo valor que as que vêm da China. Estamos na era do conhecimento. A economia do século XXI é a economia do conhecimento, esse é o passo adiante que temos que dar nessa relação."
Ele também disse que o governo brasileiro vê com bons olhos a Huawei, fabricante chinesa de eletrônicos acusada de espionagem pelos Estados Unidos. "A Huawei está estabelecida no Brasil e vai fazer mais investimentos. Na semana anterior à visita, recebi representantes em meu gabinete, em Brasília, e eles me apresentaram planos de expansão no País", disse.
Na quarta-feira, o vice-presidente visitou a Muralha da China. Durante a estadia no país, conheceu, ainda, as instalações e os locais de testes da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST).
Neste ano, o Brasil será o anfitrião da cúpula do Brics, bloco constituído por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, à qual Xi deve comparecer.
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