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Economia

- Publicada em 23 de Maio de 2019 às 19:01

Ibovespa cai 0,48% com aversão ao risco no mercado internacional

Queda é motivada pelo pessimismo quanto às chances de um acordo comercial entre Estados Unidos e China

Queda é motivada pelo pessimismo quanto às chances de um acordo comercial entre Estados Unidos e China


NELSON ALMEIDA/AFP/JC
Agência Estado
A aversão ao risco no mercado internacional se sobrepôs ao clima mais ameno do cenário doméstico e foi determinante para a queda de 0,48% do Índice Bovespa, que fechou aos 93.910,03 pontos nesta quinta-feira (23). O pessimismo quanto às chances de um acordo comercial entre Estados Unidos e China e os temores de recessão global incentivaram os investidores a buscar ativos conservadores, deflagrando uma onda vendedora nos mercados de ações. Assim, houve quedas expressivas nas principais bolsas da Ásia, Europa, Estados Unidos e nas emergentes em geral.
A aversão ao risco no mercado internacional se sobrepôs ao clima mais ameno do cenário doméstico e foi determinante para a queda de 0,48% do Índice Bovespa, que fechou aos 93.910,03 pontos nesta quinta-feira (23). O pessimismo quanto às chances de um acordo comercial entre Estados Unidos e China e os temores de recessão global incentivaram os investidores a buscar ativos conservadores, deflagrando uma onda vendedora nos mercados de ações. Assim, houve quedas expressivas nas principais bolsas da Ásia, Europa, Estados Unidos e nas emergentes em geral.
"A bolsa brasileira refletiu o cenário global de aversão ao risco, enquanto o ambiente doméstico não trouxe nenhum destaque negativo. As medidas provisórias avançam e a retirada do Coaf do ministro Sergio Moro já era de certa forma esperada. Além disso, é um fator que tem menor implicação prática", disse Gabriel Francisco, analista da XP Investimentos.
Para Josian Teixeira, diretor da Lifetime Asset, apesar da aversão ao risco no exterior, a queda do dia pode ser considerada como uma leve realização de lucros, depois de uma alta de quase 5% na semana. Segundo ele, com a queda recente do Ibovespa para o nível dos 90 mil pontos, o mercado voltou a ter um risco X retorno interessante, o que pode trazer alguma independência do cenário externo.
"Acredito que momentaneamente voltaremos a surfar uma certa independência ao cenário lá fora. É claro que se as commodities caírem bastante, iremos sofrer. Mas por enquanto, o Banco Central não vai elevar os juros e o dólar acima de R$ 4 torna o Ibovespa barato em dólar", afirmou o diretor.
Na análise por ações, a queda foi puxada por papéis sensíveis ao cenário econômico global.
Influenciadas pela queda robusta dos preços do petróleo, Petrobras PN e ON perderam 1,71% e 1,74%, nesta ordem. O setor siderúrgico também sofreu, tendo como destaques Gerdau PN (-2,38%) e Usiminas (-1,11%). Por outro lado, o desempenho misto das ações do setor financeiro acabou por evitar perdas maiores no dia. Banco do Brasil ON subiu 0,16% e B3 ON avançou 1,06%.
Das 66 ações que compõem a carteira teórica do Ibovespa, a maior queda foi de Natura ON (-8,54%). Os papéis da empresa de cosméticos devolvem parte dos ganhos recentes após a empresa anunciar a compra da Avon e do Bradesco BBI ter rebaixado a recomendação de compra dos papéis da companhia.
Na última terça-feira, quando o Ibovespa subiu 2,76%, refletindo a melhora da percepção de risco político, os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 167,966 milhões na B3. Em maio, o saldo de capital estrangeiro na bolsa está negativo em R$ 5,636 bilhões.
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