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Economia

- Publicada em 22 de Maio de 2019 às 03:00

Brasil e China chegam a acordo sobre açúcar na OMC

Vice-presidente Mourão criticou a demonização de produtos chineses

Vice-presidente Mourão criticou a demonização de produtos chineses


/ADNILTON FARIAS/VPR/DIVULGAÇÃO/JC
O Brasil e a China chegaram a um entendimento nas consultas sobre as salvaguardas do açúcar iniciadas na Organização Mundial do Comércio (OMC). O Brasil estava questionando na OMC a aplicação pelo país asiático de sobretaxas às importações de açúcar. O governo brasileiro também questionava a administração da quota de tarifas mantida pela China para a compra de açúcar e o sistema de licenciamento automático para as importações que excedessem a quota.
O Brasil e a China chegaram a um entendimento nas consultas sobre as salvaguardas do açúcar iniciadas na Organização Mundial do Comércio (OMC). O Brasil estava questionando na OMC a aplicação pelo país asiático de sobretaxas às importações de açúcar. O governo brasileiro também questionava a administração da quota de tarifas mantida pela China para a compra de açúcar e o sistema de licenciamento automático para as importações que excedessem a quota.
Em nota conjunta, os ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores não explicaram os detalhes do acordo. O comunicado informou apenas que o entendimento entre os dois países foi alcançado sem a necessidade de abertura de um painel (espécie de julgamento) na OMC.
"Nos termos do entendimento alcançado, as preocupações que embasaram o pedido de consultas brasileiro deverão ser atendidas, de modo mutuamente satisfatório, sem a necessidade do estabelecimento de um painel na OMC para examinar a matéria", informou o texto.
Emitido durante a visita do vice-presidente, Hamilton Mourão, à China, o comunicado destacou o empenho dos dois países em chegar a um acordo. "O Brasil vê positivamente o resultado alcançado, que reflete o engajamento e a disposição construtiva de ambas as partes para alcançar uma solução para a disputa."
Desde domingo, o vice-presidente está na China para uma visita de seis dias. O país asiático é atualmente o principal parceiro comercial do Brasil, concentrando 26,82% das exportações brasileiras de janeiro a abril.
Ontem, Mourão disse que o Brasil precisa ter "flexibilidade" diante da guerra comercial entre Estados Unidos e China e das sanções do governo americano à gigante chinesa de telecomunicações Huwaei. Para Mourão, há uma "demonização" de produtos chineses, e o Brasil precisa ter paciência para não se precipitar até que fique claro qual será o resultado da disputa entre as duas maiores economias do mundo.
Na segunda-feira, o Departamento de Comércio americano anunciou que os EUA decidiram adiar até meados de agosto a proibição de exportações de tecnologia para a Huawei.
O vice-presidente, que nesta visita tem usado um tom bem mais amigável em relação à China do que o usado pelo presidente Jair Bolsonaro na campanha eleitoral, afirmou que a palavra-chave para o Brasil em relação à guerra comercial entre China e EUA é "flexibilidade". "O Brasil não pode se curvar nem para o lado A nem para o lado B. Nós temos que saber aproveitar o melhor disso aí", disse.
 
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