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Economia

- Publicada em 27 de Maio de 2019 às 03:00

Alta do dólar muda programação de férias

Destinos domésticos, como o Nordeste, são opções mais vantajosas

Destinos domésticos, como o Nordeste, são opções mais vantajosas


/YASUYOSHI CHIBA/AFP/JC
Eduardo Lesina
O dólar fechou a sexta-feira cotado a R$ 4,01, mantendo a tendência de valorização apresentada ao longo dos últimos dias - no dia 17 chegou a alcançar R$ 4,10. Com a aproximação das férias de julho, a alta da moeda norte-americana pode interferir no planejamento de quem pretende viajar.
O dólar fechou a sexta-feira cotado a R$ 4,01, mantendo a tendência de valorização apresentada ao longo dos últimos dias - no dia 17 chegou a alcançar R$ 4,10. Com a aproximação das férias de julho, a alta da moeda norte-americana pode interferir no planejamento de quem pretende viajar.
Seja nos gastos prévios da viagem, como passagens e compras antecipadas, ou nos gastos durante o passeio, quem planeja viajar pode precisar repensar alguns detalhes. Guilherme Stein, professor de Ciências Econômicas da Unisinos, explica que nessa situação é preciso repensar o planejamento. "Se tinha uma expectativa de gastar um determinado valor, agora é preciso somá-lo com a variação do dólar para entender os gastos", diz.
O combustível, relacionado diretamente ao preço do dólar, através do preço internacional do petróleo, pode acarretar em um aumento nos preços das passagens de voos no território nacional. "Indiretamente, as passagens domésticas também sofrem acréscimo com a alta do dólar, devido à política de preços da Petrobras, reajustando os preços", explica o docente.
Para o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagem no Rio Grande do Sul (Abav-RS), João Augusto Machado, a alta do dólar não traz uma diminuição expressiva nas compras de pacotes para julho, devido à programação prévia de quem vai viajar. "Em um primeiro momento, existe, sim, uma diminuição nas vendas, avaliando a situação econômica e o valor da moeda, mas, assim que ela estabiliza por dois ou três dias, as pessoas voltam a comprar", afirma. Segundo Machado, como o maior impacto é sobre as viagens internacionais, a influência do avanço do dólar é menos direta, porque são viagens que demandam um planejamento maior, compradas com maior antecedência que o usual.
Entretanto, a desvalorização da moeda brasileira em comparação à norte-americana força algumas mudanças na programação dos viajantes. "Como as pessoas se organizam mais cedo para esse tipo de viagem, elas não deixam de ir, mas sim modificam seus programas de viagem, repensando seu orçamento. Elas se adaptam ao cenário, diminuindo o tempo de estadia ou cortando outros custos na viagem", afirma.
A gerente de vendas da CVC, Viviane Pio, explica que a oscilação da moeda acaba influenciando nos gastos extras do viajante, como compras e alimentação. "Na CVC, notamos que eles geralmente aproveitam para fazer a compra da moeda de maneira espaçada, em diversas épocas antes da viagem, a fim de ter um valor médio antes do embarque", explica
Viviane. Segundo ela, os consumidores que seguem rumo ao exterior se planejam, já com compras, com antecedência, entre quatro a seis meses da data do embarque.
Outra opção é optar por um destino nacional, analisando o orçamento disponível e buscando evitar a ascensão do dólar. "A saída para fugir dessa alta também passa pelo turismo interno brasileiro. Um resort no Nordeste se torna mais atraente que um resort no Caribe", relaciona Machado.
Viviane aponta dicas para quem pretende viajar em época de alta da moeda norte-americana: determinar um valor-limite para gastos de viagem, solicitando o "destino que cabe no bolso"; parcelar a viagem no boleto (para não comprometer o limite dos cartões de crédito); estudar os destinos com olhar de melhores relações de custo-benefício (cota de preços de ingressos, passeios, alimentação ou decidir por destinos mais atrativos, como caso de Caribe e Europa); além da redução dos dias de permanência.
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