Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Agronegócios

- Publicada em 15 de Maio de 2019 às 22:57

Expoleite abre com discurso de união e expansão

Clara levou 10 dias das 160 cabeças da Cabanha Santa Clara para a exposição

Clara levou 10 dias das 160 cabeças da Cabanha Santa Clara para a exposição


LUIZA PRADO/JC
A abertura da 42ª edição da Expoleite e a 15ª edição da Fenasul, ontem, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, foi marcada por discursos que pregaram união entre entidades e governo em prol do setor leiteiro, que ainda sofre dificuldades. Nos últimos anos, a cadeia viu produtores abandonarem a atividade e, embora a expectativa seja de uma ligeira melhoria no cenário,  ainda não há garantia de rentabilidade na produção. "O produtor está tentando tirar o nariz da água", comenta o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Estado (Gadolando), Marcos Tang, admitindo que o setor tem atravessado épocas difíceis. 
A abertura da 42ª edição da Expoleite e a 15ª edição da Fenasul, ontem, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, foi marcada por discursos que pregaram união entre entidades e governo em prol do setor leiteiro, que ainda sofre dificuldades. Nos últimos anos, a cadeia viu produtores abandonarem a atividade e, embora a expectativa seja de uma ligeira melhoria no cenário,  ainda não há garantia de rentabilidade na produção. "O produtor está tentando tirar o nariz da água", comenta o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Estado (Gadolando), Marcos Tang, admitindo que o setor tem atravessado épocas difíceis. 
A chegada do inverno, quando o preço do leite sobe e, ao mesmo tempo, começa a colheita das plantas usada em pastagens, como o azevém, aumenta a remuneração e traz, novamente, a procura por animais. "Não quero ser otimista exagerado, mas vemos procura por novilhas prenhas, demanda por aumentar a produção, algo que não acontecia antes", afirma Tang.
O problema, de acordo com o presidente, é que os ganhos de agora já estão quase que completamente comprometidos por conta dos investimentos necessários para se adaptar à legislação. Duas instruções normativas sobre a industrialização do leite (INs 76 e 77), que entram em vigor no fim do mês, exigiram a compra de maquinário e tanques de expansão, por exemplo, pelos produtores. "São investimentos de R$ 200 mil para pagar com produto de centavos. O que sobra na venda já está comprometido", comenta Tang, defendendo, porém, a qualificação do produto como forma de buscar mercado externo ao leite brasileiro.
Uma das expositoras da feira, a Cabanha Santa Clara, de Humaitá, no Noroeste do Estado, levou 10 de suas 160 cabeças para Esteio. A produtora Clara Bickel comenta que, mesmo com a melhoria, o balanço na venda do leite ainda segue quase no zero. "Manter as vacas é muito caro e, na hora de comercializar o leite, não se tem o valor devido", afirma. A manutenção da atividade, comenta Clara, se deve ao histórico da família, já na quarta geração na produção de leite, e que sempre investiu em melhorias de genética e maquinário. "Ninguém quer ficar na atividade se for no modelo antigo, então tem que se arriscar um pouco", afirma a produtora.
Referindo-se ao leite, mas também às cadeias do trigo e do arroz (as três em crise e com feiras acontecendo neste fim de semana no Estado), o diretor administrativo da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Francisco Schardong, ousou diagnosticar um problema comum: o Mercosul. "Cada vez que se busca uma solução nesse sentido, a resposta do governo federal é o superávit na balança comercial com os vizinhos. Nosso alerta é de que é preciso olhar a cadeia leiteira, onde o pequeno produtor já foi embora", discursou. O secretário da Agricultura, Covatti Filho, garantiu que todos os países serão convidados a debater as assimetrias do bloco na próxima Expointer.
Covatti também saudou a parceria com todas as entidades que organizam os eventos durante a feira. "A união é um símbolo do Estado", discursou Covatti, lembrando que essa é a maior Expoleite/Fenasul de um primeiro ano de governo, mas que o desafio é fortalecer o evento como se fez com a Expointer. O secretário ainda defendeu a criação de diretoria de agronegócio no Banrisul para fomento das cadeias produtivas gaúchas.
"Essa Expoleite/Fenasul é produto de criatividade, união, diálogo e cooperação, e a de 2020 será a maior de todas", garantiu o presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Leonardo Lamachia. Um dos objetivos dos organizadores é possuir uma data fixa (penúltima ou última semana de maio) como forma de fortalecer a participação. Neste ano, além da exposição de 100 animais da raça holandesa e aves, a programação inclui competições de cavalos árabes e crioulos, palestras e seminários e a Multifeira de Esteio. A entrada é gratuita e a feira se estende até domingo, 19.

Diretoria eleita da Federarroz defende adoção de agenda estrutural para rentabilizar lavouras

Em assembleia realizada nesta quarta-feira, 15, em Porto Alegre (RS), foi eleita a nova diretoria da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) para o triênio 2019-2022. Atual vice-presidente da entidade, Alexandre Velho, assume o cargo de presidente a partir de julho deste ano em substituição à Henrique Dornelles, que foi o mandatário da federação por seis anos e ficará como presidente do Conselho Consultivo.
O novo gestor eleito disse que está orgulhoso de assumir a entidade, ao destacar a grande responsabilidade comandar a Federarroz que, nos últimos anos, alcançou uma credibilidade em níveis estadual e federal. Afirmou que pretende dar continuidade aos pleitos da cadeia orizícola. "Precisamos partir também para uma agenda estrutural para que possamos ter resultado e trazer renda para a lavoura do Rio Grande do Sul", destacou.
Entre os desafios, Velho observou que dentro do Plano Safra a Federarroz já vem batalhando juros menores para o arroz, além de uma melhoria no seguro agrícola e valores maiores para itens como comercialização e irrigação. "É importante trazer segurança para o produtor e uma solução para o endividamento", salientou.
Como vice-presidente assume o atual presidente da Associação dos Arrozeiros de Uruguaiana, Roberto Fagundes. Alexandre Azevedo Velho, 51 anos, é produtor rural em Mostardas (RS) onde foi presidente da Associação dos Arrozeiros do município. Na atual gestão ocupou o cargo de vice-presidente da Federarroz, participando ativamente das ações da entidade.

CRMV-RS tem programação gratuita em Esteio

Profissionais e estudantes interessados em qualificação podem se inscrever na programação gratuita que o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS) preparou para a Fenasul, que se estende até domingo no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
Nesta quinta-feira, serão realizadas palestras sobre sanidade de bovino leiteiro e de equinos. Em pauta, temas como a coleta e envio de amostras laboratoriais e diagnóstico diferencial de raiva e Tristeza Parasitária Bovina (TPB) em gado leiteiro, a questão da brucelose no Estado, atualização sobre leptospirose em equinos e a situação do mormo.
Na sexta-feira, ocorre o Fórum Resgate de Equinos em Ambiente Urbano. Além do relato de casos de ONGs, os especialistas falarão sobre o comportamento de equinos em situação de resgate, planos de evacuação de animais em risco, atuação da EPTC e do Centro de Resgate do Corpo de Bombeiros e anestesia e eutanásia em casos de resgate.
A raiva bovina no Estado e Medicina Veterinária Integrativa no gado leiteiro estarão em debate no sábado, e domingo haverá reunião do Grupo de Trabalho da Qualidade do Leite. A programação completa e as inscrições podem ser feitas no link www.crmvrs.gov.br/eventos.php.