O dólar sobe ante o real em meio a ameaças mútuas entre EUA e China nas discussões comerciais em curso e de olho nos dados de varejo fracos no País. As vendas no comércio em março no Brasil vieram abaixo da mediana das projeções do mercado e sustentam preocupações com a fraqueza da economia doméstica.
Às 10h30min desta quinta-feira, o dólar à vista subia 0,80%, aos R$ 3,9640, após tocar em máxima aos R$ 3,9685 (+0,90%). O dólar futuro para junho avançava 0,90%, aos R$ 3,9715, ante máxima em R$ 3,9770 (+1,03%).
Peso no sentimento negativo do investidor também a piora no clima econômico no País, que passou de +3,6 pontos no trimestre até janeiro para -21,1 pontos no trimestre até abril. Com isso, a liderança do Brasil na melhora do clima econômico na América Latina se inverteu e o País passou a ser o primeiro entre os piores, segundo o indicador Ifo/FGV de Clima Econômico (ICE) da América Latina, divulgado nesta quinta-feira, 9. O ICE da América Latina saiu de uma queda de 9,1 pontos no trimestre terminado em janeiro para queda de 21,1 pontos no trimestre terminado em abril deste ano.