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Economia

- Publicada em 09 de Maio de 2019 às 03:00

Na Federasul, economistas defendem reformas

Sem superávit em outras áreas capazes de cobrirem o déficit da Previdência Social, a reforma no sistema deixou de ser 'séria' para se tornar 'inadiável'. A afirmação é do economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Antônio da Luz, que foi um dos palestrantes da edição de ontem do Tá na Mesa, evento promovido pela Federação de Entidades Empresariais do Estado (Federasul).
Sem superávit em outras áreas capazes de cobrirem o déficit da Previdência Social, a reforma no sistema deixou de ser 'séria' para se tornar 'inadiável'. A afirmação é do economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Antônio da Luz, que foi um dos palestrantes da edição de ontem do Tá na Mesa, evento promovido pela Federação de Entidades Empresariais do Estado (Federasul).
"Discutimos muito partidos, isso ou aquilo, mas o tempo passa e estamos sempre no mesmo lugar, enquanto tem países no mundo que mudaram completamente sua trajetória em um período de 30 anos", comenta Luz, ao defender a necessidade de mudanças no Brasil. Sobre a Previdência, o economista argumenta que é discutível em diversos aspectos, todos já postos no debate público, mas que poderia ser 'até mais profunda' em outros pontos.
Também palestrante do evento, o economista Igor Morais, sócio da Vokin Investimentos, seguiu na mesma linha ao argumentar que mesmo a economia prevista pelo governo, de R$ 1 trilhão em dez anos, não resolve o déficit (que chegou a R$ 195,2 bilhões em 2018), mas apenas o reduz. "Esse modelo atual continua ou vamos resolver? É uma escolha da sociedade", defende Morais, defendendo que se coloque as opções para o brasileiro. "Se o que cobre o déficit hoje virasse investimento, o investimento sobre o PIB saltaria de 16% pra 21%, e o Brasil cresceria 3% em vez de 1%", projeta.
Ao mesmo tempo, Morais ressalta que o debate tem também um aspecto social, pois muitos municípios e famílias inteiras dependem exclusivamente dos recursos dos benefícios, mas critica que reformas suficientes não foram feitas enquanto a sociedade se modificava. "Nos EUA há um fundo de 1,2 trilhão de dólares que já sabem que vai acabar em 2032, e estão há dez anos discutindo reformas", exemplifica.
Morais pediu ainda aos empresários que esqueçam uma de suas principais bandeiras, a redução nos tributos. "Quando sobrava dinheiro não se cortou, agora que falta é que não vão cortar", afirmou, elencando que o problema é mais profundo.
Um dos pontos levantados pelo economista foi a questão das estatais. Só as empresas do governo federal teriam mais de 500 mil funcionários, com média salarial cinco vezes maior do que a do setor privado, de acordo com Morais. "O governo gera a desigualdade social, e depois tributa para corrigir o problema", defende, ressaltando, porém, que "empresa estatal não é crime", desde que cumpra um objetivo.
Luz acrescentou que muitas estatais foram criadas para resolver problemas e, depois, quando atingidos os objetivos, não foram encerradas. O economista usou o exemplo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), criada em uma época em que o Brasil ainda era importador de alimentos. "Não temos mais esse problema, será que é preciso ter essa empresa, ou, pelo menos, nesse modelo atual?", questiona Luz.
 
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