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Conjuntura

- Publicada em 06 de Maio de 2019 às 21:31

Estimativa para o PIB de 2019 segue despencando

A expectativa de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 despencou de 1,70% para 1,49%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Há apenas quatro semanas, a estimativa de crescimento era de 1,97%. Ainda assim, para 2020, o mercado financeiro manteve a previsão de alta do PIB em 2,50%. Quatro semanas atrás, estava em 2,70%.
A expectativa de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 despencou de 1,70% para 1,49%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Há apenas quatro semanas, a estimativa de crescimento era de 1,97%. Ainda assim, para 2020, o mercado financeiro manteve a previsão de alta do PIB em 2,50%. Quatro semanas atrás, estava em 2,70%.
Já a projeção do Banco Central para o crescimento do PIB em 2019 é de 2,0%. Esse porcentual foi atualizado no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março. No Focus desta segunda-feira, a projeção para a alta da produção industrial de 2019 também caiu, de 2,0% para 1,76%. Há um mês, estava em 2,50%. No caso de 2020, a estimativa de crescimento da produção industrial permaneceu em 3,0%, igual ao visto quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2019 permaneceu em 56,3%. Há um mês, estava em 56,2%. Para 2020, a expectativa foi de 58,5% para 58,3%, ante 58,5% de um mês atrás.
Os economistas do mercado financeiro elevaram a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - o indicador oficial de preços - em 2019. O Relatório de Mercado Focus mostra que a mediana para o IPCA este ano passou de alta de 4,01% para 4,04%. Há um mês, estava em 3,90%. A projeção para o índice em 2020 seguiu em 4,0%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo nível.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa também permaneceu em 3,75%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% para ambos os casos. A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto percentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).
As projeções mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 3,9% em 2019, 3,8% em 2020 e 3,9% em 2021. Elas constaram no RTI de março. Já o IBGE informou, há quatro semanas, que o IPCA de março subiu 0,75%. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 4,58%.
No Focus desta segunda, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2019 foi de 3,96% para 3,98%. Para 2020, a estimativa permaneceu em 4,0%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 4,01% e 4,0%, nesta ordem.
No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,75%, igual ao verificado há um mês. A projeção para 2022 no Top 5 seguiu em 3,63%, igual a quatro semanas antes.
Focus

Bolsonaro e Guedes afirmam que economia só cresce com reformas

Presidente e ministro reconhecem dificuldades para crescimento

Presidente e ministro reconhecem dificuldades para crescimento


/FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL/JC
Diante da piora nas expectativas sobre o crescimento da economia, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmaram, nesta segunda-feira, que a aprovação das reformas, especialmente a da Previdência, são fundamentais para fazer com o que o País volte a crescer. Guedes reiterou que o Brasil está preso numa armadilha de crescimento há 10 anos, com alta média anual de 0,5%. O ministro disse que não viu novidade na queda das previsões do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) para 1,49% neste ano. Já o presidente reforçou que se País continuar com déficit, a alternativa será imprimir moeda, mas nesse caso a inflação pode voltar.
"Assim que aprovadas as reformas, o Brasil retoma o seu caminho de econômico sustentável. O crescimento vinha em torno de 1,5%, mas nos últimos 10 anos ficou em 0,5%. Então, não há novidade nenhuma dessa desaceleração econômica. O Brasil está prisioneiro de uma armadilha de baixo crescimento e nós vamos escapar disso com as reformas. A reforma da Previdência abre um horizonte de 10 anos a 15 anos de recuperação do crescimento", disse o ministro.
Segundo ele, se a reforma for aprovada no primeiro semestre, "o Brasil de julho em diante estará crescendo de novo". Ele lembrou que aprovada a reforma da Previdência, o governo vai reduzir e simplificar impostos e que os investimentos internos e externos vão retornar.
Já Bolsonaro destacou que a reforma da Previdência "é o primeiro grande passo para nós conseguirmos ter a nossa liberdade econômica". Ao ser indagado sobre o objetivo da campanha que o governo fará nos meios de comunicação para esclarecer a população sobre a importância da reforma, respondeu que "se o Brasil continuar tendo déficit ano a ano, a alternativa será imprimir moeda, né, Paulo Guedes? Eu acho que se imprimir moedas, você sabe o que vem atrás. Vem a inflação. A outra é conseguir empréstimos aí fora. Será que querem emprestar para nós? Com que taxa de juros? Então não tem alternativa".
As declarações foram dadas no prédio da Economia, depois do encontro entre o presidente, Guedes e os secretários da pasta da Economia. O encontro realizado no auditório durou cerca de uma hora. Segundo fontes, ele foi aberto por Guedes, Bolsonaro falou e depois os secretários tiveram oportunidade de se manifestar sobre o que precisa ser feito para estimular a economia, segundo interlocutores.
Guedes disse que o programa Minha Casa Minha Vida passará por uma reavaliação. Segundo ele, o programa tem problemas, como por exemplo, 70 mil casas devolvidas e 60 mil para serem concluídas. O ministro afirmou que o Ministério do Desenvolvimento Regional está em conversas com a Caixa Econômica Federal para iniciar o processo de revisão. Contudo, os repasses continuam normais por enquanto, disse Guedes.

O que vai salvar os Estados é a reforma da Previdência, diz Mansueto

Apesar do socorro financeiro que o governo federal prepara para os governos estaduais, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, avaliou nesta segunda-feira, que o que vai salvar as contas dos estados é o controle de gastos. "O que vai salvar os estados é a reforma da Previdência", acrescentou, em entrevista à GloboNews.
Ele lembrou que os governadores terão que fazer o dever de casa para terem acesso ao programa que o ministro da Economia, Paulo Guedes, batizou informalmente de "Plano Mansueto". "Para acessar o programa, os governadores terão que mostrar que conseguirão recuperar a nota de crédito do estado junto ao Tesouro nos quatro anos de seu mandato", enfatizou.
Mansueto disse ainda que o governo federal ainda não decidiu o percentual do bônus de assinatura do leilão do excedente de petróleo na área da cessão onerosa que será dividido com estados e municípios. O valor a ser arrecadado pela União no leilão é estimado em R$ 106 bilhões e parte será usada para pagar a Petrobras.
"Haverá um grande aumento na arrecadação de royalties e participação especial na exploração do petróleo nos próximos anos e o governo também está pensando em forma de dividir parte disse com estados e municípios", completou o secretário.