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Economia

- Publicada em 06 de Maio de 2019 às 08:08

Bolsas da China têm maior queda desde 2016 após Trump anunciar tarifa

Agência Estado
As bolsas asiáticas tiveram uma segunda-feira (6) negativa, marcada pela fuga de risco entre investidores após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar em sua conta no Twitter nesse domingo (5) que imporá mais tarifa sobre produtos da China e ainda ameaçar o país com uma nova rodada de elevação de tarifas mais adiante. Com isso, as praças chinesas registraram sua maior queda diária desde 2016. No Japão e na Coreia do Sul, as bolsas não operaram, devido a feriados locais.
As bolsas asiáticas tiveram uma segunda-feira (6) negativa, marcada pela fuga de risco entre investidores após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar em sua conta no Twitter nesse domingo (5) que imporá mais tarifa sobre produtos da China e ainda ameaçar o país com uma nova rodada de elevação de tarifas mais adiante. Com isso, as praças chinesas registraram sua maior queda diária desde 2016. No Japão e na Coreia do Sul, as bolsas não operaram, devido a feriados locais.
Trump afirmou nesse domingo no Twitter que, durante dez meses, a China tem pagado tarifas aos EUA de 25% sobre US$ 50 bilhões no setor de alta tecnologia e de 10% sobre US$ 200 bilhões em outros produtos. "Os 10% subirão para 25% na sexta-feira", anunciou ele. Além disso, o presidente americano disse que US$ 325 bilhões em produtos chineses até agora não tarifados devem passar a sofrer tarifas "em breve", de 25%. "O acordo comercial com a China continua, mas muito lentamente, enquanto eles tentam renegociar. Não!", escreveu.
A notícia funcionou como um banho de água fria no apetite por risco em geral nos mercados internacionais, pressionando bastante as bolsas asiáticas. A Bolsa de Xangai fechou em queda de 5,58%, em 2.906,46 pontos, seu maior recuo diário desde fevereiro de 2016. A Bolsa de Shenzhen teve baixa de 7,4%, a 1.515,80 pontos, também na maior queda diária desde fevereiro de 2016.
Entre as ações mais negociadas em Xangai, Air China caiu 9,56%, Anhui Conch Cement recuou 3,60% e Bank of China teve queda de 2,83%. Diretor de estratégia de investimentos do Banco de Cingapura, Eli Lee afirma que os riscos nas negociações entre chineses e americanos "claramente aumentaram". Para ele, há uma chance em três de que esse diálogo acabe em ruptura, após o passo dado ontem por Trump. Lee acredita que as ameaças podem ter sido uma tática de negociação para elevar ao máximo a pressão antes da próxima rodada de conversas, mas Trump também poderia estar inclinado a desistir de um acordo se não julgasse que ele lhe traria benefícios políticos.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou baixa de 2,90%, a 29.209,82 pontos, maior recuo diário desde outubro. Ping An Insurance teve queda de 4,8%, enquanto ações de cassinos em Macau recuaram cerca de 5%. WH, uma grande produtora de carne de porco considerada um indicativo do sentimento do comércio EUA-China, recuou 6,8%.
Na Bolsa de Taiwan, o índice Taiex fechou em queda de 1,80%, a 10.897,12 pontos, sua pior variação diária desde dezembro. Entre as ações em foco, Hon Hai caiu 3,7%, devolvendo parte dos ganhos recentes, e Walin recuou 4%. Já Largan subiu 1,5%, apoiada por uma receita forte obtida em abril.
Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 teve recuo de 0,82%, a 6.283,70 pontos, na Bolsa de Sydney. A ação do BHP Group recuou 0,38% e Fortescue registrou queda de 2,05%, entre as mineradoras.
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