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Comércio Exterior

- Publicada em 03 de Maio de 2019 às 03:00

Balança tem superávit de R$ 6,061 bilhões em abril

Importações caíram 1,2%, somando US$ 13,628 bilhões na comparação com o mesmo período de 2018

Importações caíram 1,2%, somando US$ 13,628 bilhões na comparação com o mesmo período de 2018


/YAMIL LAGE/AFP/JC
A queda das importações fez a balança comercial registrar o segundo melhor resultado da história para meses de abril. No mês passado, o País exportou US$ 6,061 bilhões a mais do que importou em março, alta de 2,3% em relação ao resultado positivo de US$ 5,922 bilhões de abril de 2018.
A queda das importações fez a balança comercial registrar o segundo melhor resultado da história para meses de abril. No mês passado, o País exportou US$ 6,061 bilhões a mais do que importou em março, alta de 2,3% em relação ao resultado positivo de US$ 5,922 bilhões de abril de 2018.
Esse foi o segundo melhor resultado da série histórica para o mês, só perdendo para abril de 2017 (US$ 6,963 bilhões). Com o resultado de abril, a balança comercial - diferença entre exportações e importações - acumula superávit de US$ 16,576 bilhões nos quatro primeiros meses de 2019, valor 8,7% inferior ao do mesmo período do ano passado.
Em abril, as exportações somaram US$ 19,689 bilhões, com leve queda de 0,1% em relação a abril de 2018 pelo critério da média diária. As vendas de manufaturados subiram apenas 0,8% na comparação, com destaque para tubos flexíveis de ferro ou aço (R$ 0 para R$ 148 milhões), máquinas e aparelhos agrícolas (208,3%), partes de motores e turbinas para aviação (116,9%) e torneiras, válvulas e partes (99,7%).
As exportações de produtos básicos subiram 2,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, com destaque para algodão bruto (145,2%), carne suína (51,4%) e carne bovina (48,1%). As vendas de semimanufaturados aumentaram 7,1%, puxadas pela alta nas exportações de açúcar bruto (25,8%), celulose (25,2%) e ferro-ligas (23,7%). Apenas as operações especiais, como consumo dentro de portos, registraram queda, puxando para baixo o desempenho das exportações.
O principal fator para a queda do saldo comercial foram as importações, que somaram US$ 13,628 bilhões, com retração de 1,2% em relação a abril do ano passado pelo critério da média diária. As compras de bens de capital (máquinas e equipamentos usados na produção) caíram 10%.
As importações de bens de consumo caíram 6,6%. As compras de bens intermediários recuaram 0,2%. Apenas a importação de combustíveis e lubrificantes aumentaram 10,4% na mesma comparação, decorrente principalmente da valorização do petróleo no mercado internacional.

Brasil inicia exportação de carne de frango in natura para Índia

A autoridade sanitária da Índia aprovou a primeira permissão de importação para carne de frango in natura brasileira, desde o acordo sanitário firmado entre os dois países, em 2008. O anúncio foi feito pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, na segunda-feira (29) e destacado nesta quinta-feira pelo presidente Jair Bolsonaro, em publicação na sua conta no Twitter.
De acordo com o Mapa, a carne de frango é a proteína animal mais consumida na Índia e estima-se que esse mercado vá continuar crescendo a uma taxa de 7% a 8% ao ano. O incremento se deve aos novos padrões de consumo moldados por maior urbanização e pelo aumento da renda da classe média. A expectativa do governo brasileiro é que as importações indianas aumentem na medida da expansão do mercado.
Ainda assim, o consumo per capita de carne de frango na Índia ainda é relativamente baixo, de apenas 3,5 quilos/ano. No Brasil, essa quantidade chega a 44,6 kg/ano, enquanto a média mundial fica em 11,9 kg/ano.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, as lideranças do setor trabalharam muito para alcançar o mercado indiano e esperam pelo seu crescimento. "Fizemos várias missões para lá. É uma nação com 1,2 bilhão de bocas e, praticamente, 400 mil já saíram do vegetarianismo e estão consumindo proteína animal. Mas consomem pouco. Há, sem dúvida, chance de crescer e melhorar, é um mercado complicado, mas é uma boa notícia", afirmou.
Turra explicou que o Brasil precisa continuar investindo na sanidade e fiscalização para garantir a qualidade do produto e fidelizar os mercados internacionais. De acordo com ele, entretanto, o grande consumidor da carne de frango brasileira é o mercado interno. Das 13 milhões de toneladas de proteína produzidas ao ano no país, 9 milhões de toneladas são consumidos aqui.
A partir da medida anunciada, todas as plantas frigoríficas registradas no Serviço de Inspeção Federal (SIF) podem exportar carne de frango in natura para a Índia, desde que observados os requisitos acordados.
No ano passado, os principais destinos da carne de frango brasileira foram Arábia Saudita (US$ 805 milhões), China (US$ 800 milhões) e Japão (US$ 722 milhões).