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Combustíveis

- Publicada em 02 de Maio de 2019 às 03:00

Crise na Venezuela já aparece no preço do petróleo, mas tem pouco efeito no Brasil

A atual crise política na Venezuela tem pouco efeito sobre os preços dos combustíveis no Brasil. No último mês, a cotação do petróleo no mercado internacional chegou a escalar quase 10%, o que levou a Petrobras a reajustar o preço da gasolina três vezes nas refinarias. O último aumento, de 3,5%, ocorreu na segunda-feira.
A atual crise política na Venezuela tem pouco efeito sobre os preços dos combustíveis no Brasil. No último mês, a cotação do petróleo no mercado internacional chegou a escalar quase 10%, o que levou a Petrobras a reajustar o preço da gasolina três vezes nas refinarias. O último aumento, de 3,5%, ocorreu na segunda-feira.
A escalada do petróleo é resultado da pressão de Donald Trump sobre os países que consomem óleo do Irã. O país está sob embargo desde novembro, mas os EUA ameaçam começar a punir os países que seguem comprando petróleo iraniano a partir deste mês.
Embora esteja sobre uma das maiores reservas do mundo, a Venezuela produz cerca de um quarto do que já extraiu no passado, segundo Adriano Pires, diretor do Cbie (Centro Brasileiro de Infraestrutura). Estima-se que o país produza hoje menos de 1 bilhão de barris/dia, em razão da falta de investimentos provocada pela instabilidade.
A turbulência da ditadura de Nicolás Maduro já está refletida nas atuais cotações do petróleo, afirma Pires. A opinião é compartilhada por quadros técnicos do governo, que acompanham os acontecimentos na Venezuela e as cotações internacionais do petróleo.
"A crise na Venezuela, na verdade, faz com que o preço do petróleo não caia", disse Pires.
Caso o regime mude de mãos e Maduro deixe o comando do país, o mais provável é que as cotações do petróleo caiam, acrescenta o analista, em razão da perspectiva de retorno de investimentos e maior produção.
Para o Brasil, isso poderia significar menor pressão para a Petrobras reajustar os preços nas refinarias, reduzindo o risco de greve de caminhoneiros. "O governo brasileiro é o único acionista de petroleira do mundo que acha ruim quando o petróleo sobe", disse Pires.
Ontem, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o agravamento da turbulência política na Venezuela poderia resultar em alta de preços no Brasil. Enquanto a crise política da Venezuela não tem um desfecho, a Petrobras tem um problema mais imediato à frente.
Caso seja mantida a atual regra de reajuste para o diesel, a estatal deverá anunciar um novo aumento do combustível nos próximos dias. O último reajuste ocorreu após a interferência do presidente em 18 de abril, e a Petrobras se comprometeu em corrigir o preço do combustível em intervalos pouco superiores a 15 dias.
O prazo vence hoje e, segundo Pires, é preciso corrigir os preços internos para adequá-los às cotações internacionais. A defasagem calculada na última segunda-feira variava entre R$ 0,09 e R$ 0,15.

Petrobras anuncia conclusão da venda da refinaria de Pasadena por US$ 467 milhões

A Petrobras informou que finalizou, por meio de sua subsidiária Petrobras America Inc. (PAI), a venda de 100% de suas ações nas empresas que compõem o sistema de refino de Pasadena, nos Estados Unidos, para a empresa Chevron U.S.A. Inc. (Chevron).
O fechamento da transação ocorreu ontem com o pagamento pela Chevron para a PAI de US$ 467 milhões (cerca de R$ 1,8 bilhão), sendo US$ 350 milhões pelo valor das ações e US$ 117 milhões de capital de giro, que será ajustado posteriormente para refletir a posição da data do fechamento.
"Esta operação está alinhada à otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando a geração de valor para os nossos acionistas", afirmou a estatal em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).